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Labirintite associada à otite média: experiência de 26 anos

RESUMO

INTRODUÇÃO:

Labirintite permanece resultando em deficiência auditiva significativa, apesar dos esforços científicos para melhorar não só o diagnóstico, como também o tratamento. O diagnóstico definitivo é dependente de imagens da orelha interna, mas geralmente é presumido clinicamente.

OBJETIVO:

Analisar os fatores clínicos e os resultados auditivos em pacientes com labirintite secundária à otite média e discutir os achados dos exames de imagem.

MÉTODO:

Estudo de coorte retrospectivo, com base nos prontuários de pacientes diagnosticados com labirintite associada à infecção da orelha média.

RESULTADOS:

Foram identificados 14 pacientes, oito (57%) do sexo feminino e seis (43%) masculino. Média etária de 40 anos. Otite média crônica colesteatomatosa foi diagnosticada em seis pacientes (43%), otite média aguda em seis pacientes (43%) e otite média crônica sem colesteatoma em dois pacientes (14%). Foram identificadas 24 complicações concomitantes: seis casos (25%) de fístula labiríntica, cinco casos (21%) de meningite, cinco (21%) de paralisia facial, cinco (21%) de mastoidite, dois casos (8%) de abscesso cerebelar e um caso (4%) de abcesso temporal. Houve uma morte. Oito (57%) indivíduos tornaram-se anacústicos, enquanto seis (43%) evoluíram para perda auditiva mista.

CONCLUSÃO:

Labirintite foi frequentemente associada a outras complicações; RNM auxiliou no diagnóstico definitivo da labirintite na sua fase aguda; a sequela auditiva da labirintite foi significativa.

Palavras-chave:
Otite média; Labirintite; Perda auditiva

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