Resumo
Introdução:
Apesar dos avanços recentes na predição do resultado do implante coclear, ainda não está claro o benefício do procedimento bilateral em comparação com a estimulação bimodal e como podemos prever resultados de percepção da fala com implante coclear bilateral sequencial com base no desempenho auditivo bimodal em crianças.
Objetivos:
Este estudo foi realizado para: 1) Determinar o benefício do implante coclear bilateral sequencial e 2) Identificar os fatores associados com o resultado do implante bilateral sequencial.
Método:
Estudo observacional e retrospectivo. Analisamos retrospectivamente 29 pacientes com implantes sequenciais após a adaptação bimodal. Avaliações audiológicas foram realizadas; os escores das categorias de desempenho auditivo, a percepção da fala com palavras monossílabas e dissílabas e a versão coreana de Ling. As avaliações audiológicas foram realizadas antes do implante sequencial com o ajuste bimodal (IC1 + AH) e um ano após o implante coclear sequencial com implante bilateral (IC1 + IC2). O grupo com bom desempenho (BD) foi definido da seguinte forma: 90% ou mais em testes com monossílabos e dissílabos com condição apenas auditiva ou melhoria de 20% ou mais dos escores com IC1 + IC2. A idade no primeiro implante, o intervalo interimplante, o escore categorias de desempenho auditivo e as diversas comorbidades foram analisadas através de análise de regressão logística.
Resultados:
Em comparação com o IC1 + AA, IC1 + IC2 demonstraram benefícios significativos nos escores categorias de desempenho auditivo, percepção da fala e a versão coreana de Ling. Os escores de categorias de desempenho auditivo pré-operatórios foram o único fator associado para ser do grupo BD (odds ratio - OR = 4,38, intervalo de confiança de 95% - IC 95% = 1,07-17,93, p = 0,04).
Conclusões:
As crianças com desenvolvimento limitado de linguagem em condição bimodal devem ser consideradas, pois o implante coclear bilateral sequencial e o escore pré-operatório das categorias de desempenho auditivo poderiam ser usados como preditores na percepção da fala após implante sequencial.
PALAVRAS-CHAVE
Implante coclear bilateral; Pediátrico; Fatores preditivos; Percepção da fala