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A coenzima Q10 produz efeito sobre a prevenção da miringoesclerose?: Estudo experimental com ratos

Estudos recentes demonstram que a formação de miringoesclerose pode ser reduzida pela aplicação de enzimas e elementos antioxidantes. OBJETIVO: Investigar a eficácia da coenzima Q10 na prevenção de miringoesclerose experimentalmente induzida. MÉTODO: Quarenta e oito ratas Wistar albinas saudáveis sofreram miringotomia e foram divididas aleatoriamente em quatro grupos. O Grupo A não recebeu tratamento algum; o Grupo B recebeu coenzima Q10 por via oral; o Grupo C foi tratado com soro fisiológico tópico; e o Grupo D recebeu coenzima Q10 tópica. No 15º dia de tratamento, as membranas timpânicas foram examinadas por otomicroscopia. As lesões miringoescleróticas foram documentadas de forma semiquantitativa por meio de uma escala de quatro pontos. Após a coleta, as membranas timpânicas foram avaliadas por histopatologia. RESULTADOS: No grupo D (coenzima Q10 tópica) foi observada a ocorrência de otite nos primeiros quatro dias do estudo, o que levou à sua exclusão do estudo. O exame de otomicroscopia não revelou diferenças significativas entre grupos em termos de formação de miringoesclerose (p = 0,241). Diferenças estatisticamente significativas foram observada quando os exames histopatológicos do grupo A foram comparados aos dos grupos B e C (p = 0,004; p < 0,001, respectivamente). Não houve diferença significativa entre os grupos B e C (p = 0,160). CONCLUSÃO: A administração oral de coenzima Q10 não reduziu a formação de miringoesclerose nos ratos submetidos à miringotomia.

antioxidantes; esclerose; membrana timpânica


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