Acessibilidade / Reportar erro

Resposta à carta à editora sobre "Comparação de enxertos com fáscia do músculo temporal e cartilagem de espessura total em timpanoplastias tipo 1 em crianças" de Yegin et al. (Braz J Otorhinolaryngol. 2016;82:695-701) Como citar este artigo: Yegin Y, Çelik M. Response to the Letter to the Editor regarding "Comparison of temporalis fascia muscle and full-thickness cartilage grafts in type 1 pediatric tympanoplasties" by Yegin et al. (Braz J Otorhinolaryngol. 2016;82:695-701). Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83:606-7.

Cara Editora,

Gostaríamos de agradecer ao Dr. Zheng-cai Lou por seus comentários valiosos e precisos sobre o nosso artigo.11 Lou Z. Type 1 pediatric tympanoplasties using fascia and cartilage grafts. Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83:371-2. Em primeiro lugar, os principais resultados da timpanoplastia pediátrica tipo 1 são as taxas de sucesso do enxerto e os resultados auditivos pós-operatórios. Nossos resultados indicam que a taxa de sucesso do enxerto foi de 92,1% do grupo cartilagem, em comparação com 65% do grupo fáscia temporal, respectivamente. No grupo fáscia, o gap no pré-operatório foi de 33,68 ± 11,44 dB e no pós-operatório, de 24,25 ± 12,68 dB. No grupo cartilagem, o gap aéreo-ósseo no pré-operatório foi de 35,68 ± 12,94 dB e no pós-operatório, 26,113 ± 12,87 dB. A taxa de sucesso anatômico do grupo cartilagem foi significativamente melhor do que a do grupo fáscia (p < 0,01). Não houve diferença significativa nos resultados funcionais entre os grupos fáscia e cartilagem (p > 0,05). A espessura da cartilagem tragal foi medida com precisão por um micrômetro e registada intraoperatoriamente. Uma parte de comprimento regular da cartilagem tragal foi excisada e a espessura da cartilagem tragal foi medida. A mensuração da espessura foi feita pelo mesmo cirurgião (YY). Todas as medidas foram repetidas pelo segundo cirurgião (MÇ) para evitar variações entre observadores. Três medidas foram feitas para evitar discrepâncias e resultados incorretos. As mensurações foram feitas nas partes superior, média e inferior da cartilagem tragal. A espessura média da cartilagem tragal foi aceita como a média de três medidas. A espessura média total da cartilagem tragal foi 0,693 ± 0,094 mm no sexo masculino e 0,687 ± 0,058 mm no sexo feminino. Que seja de nosso conhecimento, o presente estudo é o primeiro estudo de mensuração da espessura da cartilagem tragal na timpanoplastia pediátrica.22 Yegin Y, Çelik M, Koç AK, Küfeciler L, Elbistanlı MS, Kayhan FT. Comparison of temporalis fascia muscle and full-thickness cartilage grafts in type 1 pediatric tympanoplasties. Braz J Otorhinolaryngol. 2016;82:695-701.

O Dr. Zheng-cai Lou aponta que "revisão retrospectiva" e "alocação aleatória" sejam coisas contraditórias, comenta sobre o desenho de nosso estudo. A observação está correta. Mas, na discussão, a explicação dessa condição foi colocada em destaque. Honestamente, não há consenso sobre a seleção de materiais de enxerto para timpanoplastias; depende inteiramente da experiência e das preferências do cirurgião. Em nossa clínica, a seleção de materiais de enxerto para timpanoplastias pediátricas depende inteiramente da experiência e preferências do cirurgião. Isso resulta em uma alocação aleatória por parte dos cirurgiões, com o uso de enxertos com fáscia do músculo temporal ou cartilagem tragal. A seleção do material de enxerto em geral não é objeto do nosso desenho de estudo. Portanto, para essa condição, não houve contradição. Imaginamos que o Dr. Lou poderia nos entender melhor após uma avaliação mais cuidadosa. Concordamos com a necessidade de futuros estudos prospectivos com controle aleatório e que um maior tamanho da amostra e maior tempo de seguimento são necessários para comparar os resultados anatômicos e funcionais entre vários tipos de cartilagem.

Em relação aos outros comentários sobre os critérios de exclusão, gostaríamos de agradecer por nos chamar a atenção sobre o fato. O tecido de granulação pode afetar o sucesso das timpanoplastias pediátricas, mas nenhum estudo relatou essa condição. Honestamente, no prontuário de nossos pacientes, não há registro a respeito de tecido de granulação em timpanoplastias pediátricas.

Embora os dados sobre a seleção de material de enxerto para timpanoplastias pediátricas continuem a aumentar, não há, por enquanto, consenso.33 Jalali MM, Motasaddi M, Kouhi A, Dabiri S, Soleimani R. Comparison of cartilage with temporalis fascia tympanoplasty: a meta-analysis of comparative studies. Laryngoscope. 2016;December, http://dx.doi.org/10.1002/lary.26451 [Epub ahead of print].
http://dx.doi.org/10.1002/lary.26451...
No entanto, futuramente também planejamos comparar os resultados anatômicos e funcionais de vários tipos de enxerto (de pericôndrio, de fáscia, de várias cartilagens [conchal e tragal]) e diferentes espessuras de cartilagens em timpanoplastias pediátricas.

  • Como citar este artigo: Yegin Y, Çelik M. Response to the Letter to the Editor regarding "Comparison of temporalis fascia muscle and full-thickness cartilage grafts in type 1 pediatric tympanoplasties" by Yegin et al. (Braz J Otorhinolaryngol. 2016;82:695-701). Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83:606-7.

References

  • 1
    Lou Z. Type 1 pediatric tympanoplasties using fascia and cartilage grafts. Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83:371-2.
  • 2
    Yegin Y, Çelik M, Koç AK, Küfeciler L, Elbistanlı MS, Kayhan FT. Comparison of temporalis fascia muscle and full-thickness cartilage grafts in type 1 pediatric tympanoplasties. Braz J Otorhinolaryngol. 2016;82:695-701.
  • 3
    Jalali MM, Motasaddi M, Kouhi A, Dabiri S, Soleimani R. Comparison of cartilage with temporalis fascia tympanoplasty: a meta-analysis of comparative studies. Laryngoscope. 2016;December, http://dx.doi.org/10.1002/lary.26451 [Epub ahead of print].
    » http://dx.doi.org/10.1002/lary.26451

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Sep-Oct 2017
Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Sede da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, Av. Indianópolia, 1287, 04063-002 São Paulo/SP Brasil, Tel.: (0xx11) 5053-7500, Fax: (0xx11) 5053-7512 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@aborlccf.org.br