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Comparação entre adenoidectomia por curetagem e adenoidectomia por microdebridador assistida por endoscopia, em relação à disfunção tubária Como citar este artigo: Atilla MH, Kaytez SK, Kesici GG, Baştimur S, Tuncer S. Comparison between curettage adenoidectomy and endoscopic-assisted microdebrider adenoidectomy in terms of Eustachian tube dysfunction. Braz J Otorhinolaryngol. 2020;86:38-43.

Resumo

Introdução

A adenoidectomia pode ser realizada de várias maneiras, inclusive por curetagem e por microdebridador, assistida por endoscopia. Essas duas técnicas têm algumas vantagens e desvantagens.

Objetivo

O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da técnica de adenoidectomia por curetagem e da adenoidectomia por microdebridador assistida por endoscopia sobre a pressão timpânica em pacientes pediátricos com hipertrofia adenoideana sem otite média com efusão.

Método

Estudo descritivo prospectivo feito com 65 pacientes que apresentavam membrana timpânica e timpanograma normais, que foram então submetidos à adenoidectomia ou adenotonsilectomia por hipertrofia adenoamigdaliana. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: grupo adenoidectomia por curetagem e grupo adenoidectomia por microdebridador assistida por endoscópio. Todos os pacientes fizeram timpanometria e os valores das pressões do tímpano pré-operatórios e pós-operatórios no 1º e 7º dias foram comparados intragrupos e entre os grupos.

Resultados

Foram incluídos 32 pacientes no grupo adenoidectomia por curetagem e 33 pacientes no grupo adenoidectomia com microdebridador. Diferenças estatisticamente significantes foram observadas na mediana da diferença entre a pressão timpânica no pré-operatório e no 1º e 7º dias de pós-operatório para ambas as orelhas, direita e esquerda, na adenoidectomia por curetagem (p < 0,001, p < 0,001). Essa diferença ocorreu no 1º dia do pós-operatório e o valor retornou ao normal no 7º dia. Não houve diferença significante na mediana entre pressão timpânica no pré-operatório e no 1º e 7º dias de pós-operatório para as orelhas direita e esquerda no grupo de adenoidectomia com microdebridador (p = 0,376, p = 0,128).

Conclusão

A disfunção tubária no pós-operatório é observada menos frequentemente com a técnica de adenoidectomia por microdebridador assistida por endoscopia quando comparada com a técnica convencional.

Palavras-chave
Adenoidectomia por curetagem; Adenoidectomia com microdebridador; Disfunção tubária

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