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Apneia do sono: há diferenças entre laringectomias verticais ou horizontais?

As laringectomias parciais são utilizadas no tratamento do câncer de laringe. A alteração estrutural na via aérea superior decorrente da cirurgia pode predispor à Apneia Obstrutiva do Sono.

OBJETIVO:

Avaliar comparativamente os pacientes submetidos a laringectomias parciais horizontais e verticais quanto a prevalência e gravidade da apneia do sono e determinar possível papel para a espirometria neste grupo.

MÉTODO:

Pesquisa em prontuários. Avaliação dos pacientes por meio de anamnese, exame otorrinolaringológico, polissonografia, espirometria, videonasofibroscopia. Estudo tipo coorte transversal.

RESULTADOS:

92,3% do total de 14 pacientes estudados apresentavam Apneia Obstrutiva do Sono. O índice de apneia/hipopneia médio foi significativamente maior entre os pacientes submetidos a laringectomias verticais (36,9) do que a horizontais (11,2), assim como a média da saturação mínima da oxi-hemoglobina, que foi de 85,9 no grupo da laringectomia horizontal e de 84,3 no grupo da laringectomia vertical. A espirometria demonstrou obstrução extratorácica alta em 100% dos pacientes com diagnóstico de Apneia Obstrutiva do Sono.

CONCLUSÃO:

Observamos alta incidência de apneia do sono em pacientes submetidos a laringectomias parciais. A doença tende a ser mais grave no grupo submetido a laringectomias verticais. A espirometria parece ser exame interessante para determinar pacientes de risco para diagnóstico de AOS nesta situação. NCT01157286.

apneia do sono tipo obstrutiva; espirometria; laringectomia


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