Acessibilidade / Reportar erro

Codificação dos sons da fala no nível do tronco encefálico auditivo em bons e maususuários de aparelhos auditivos Como citar este artigo: Shetty HN, Puttabasappa M. Encoding of speech sounds at auditory brainstem level in good and poor hearing aid performers. Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83:512-22.

Resumo

Introdução:

Os aparelhos auditivos são prescritos para aliviar a perda de audibilidade. Tem sido relatado que 31% dos usuários rejeitam seu aparelho auditivo devido ao desconforto com o ruído de fundo. A razão para a insatisfação pode estar situada em qualquer local desde o microfone do aparelho auditivo até a integridade de neurônios ao longo da via auditiva.

Objetivos:

Medir espectros desde a saída do aparelho auditivo no nível do meato acústico externo e frequência de resposta (FFR) registrada no tronco encefálico de indivíduos com deficiência auditiva.

Método:

Foram selecionados 60 participantes com deficiência auditiva neurossensorial moderada, de 15 a 65 anos. Cada participante foi classificado como usuário bom ou mau de prótese auditiva (GHP ou PHP) com base na medida de nível de ruído aceitável (ANL). Estímulos/da/e/si/foram apresentados em alto-falante a 65 dB SPL. No meato acústico externo, os espectros foram medidos nas condições sem aparelho e com aparelho. No tronco encefálico auditivo, FFR foram registradas para os mesmos estímulos dos participantes.

Resultados:

Os espectros medidos em cada condição no meato acústico externo foram os mesmos em GHP e PHP. No nível do tronco cerebral, melhor codificação F0; energias de F0 e F1 foram significativamente maiores em GHP do que em PHP. Embora os espectros do aparelho auditivo fossem quase os mesmos entre GHP e PHP, existem variações fisiológicas sutis no tronco encefálico auditivo.

Conclusão:

O resultado do presente estudo sugere que a codificação neural do som da fala no nível do tronco encefálico pode ser mediada distintamente em GHP em comparação com PHP. Assim, pode-se inferir que mudanças fisiológicas sutis são evidentes no tronco encefálico em uma pessoa que está disposta a aceitar o ruído em comparação com aqueles que não estão dispostos a aceitar o ruído.

PALAVRAS-CHAVE
Frequência seguida de resposta; Nível de ruído aceitável; Usuário de aparelho auditivo

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Sede da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial, Av. Indianópolia, 1287, 04063-002 São Paulo/SP Brasil, Tel.: (0xx11) 5053-7500, Fax: (0xx11) 5053-7512 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@aborlccf.org.br