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Análise microbiológica em secreção de seio maxilar nos pacientes com rinossinusite crônica

Não existem dados definitivos e consistentes sobre a real distribuição dos microorganismos presentes em pacientes com Rinossinusite Crônica (RSC). A variabilidade dos resultados de estudos em RSC deve-se às diferentes técnicas utilizadas como método de coleta, variações nos métodos de cultura, uso prévio de antibiótico, dificuldade de se distinguir agentes colonizadores e patogênicos. FORMA DE ESTUDO: Clínico-prospectivo. OBJETIVO: Estudar a incidência dos microrganismos presentes nos pacientes com RSC na nossa região, através da cultura da secreção do seio maxilar, coletada sob visão endoscópica. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo transversal em 62 pacientes com RSC, submetidos à coleta de secreção de seio maxilar por via endoscópica, com material enviado para cultura para diagnóstico microbiológico. RESULTADOS: Das 62 amostras estudadas, em 33 (53,2%) não houve crescimento de microrganismos; 29 (45,2%) apresentaram isolamento de aeróbios; um caso (1,6%) mostrou crescimento de fungo; não houve o isolamento de microrganismos anaeróbios. Pseudomonas aeruginosa foi isolada com maior frequência - em 8 amostras (27,6%), Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis em 4 amostras cada um (13,9%), Streptococcus pneumoniae em 3 amostras (10,4%), outros Gram-negativos em 17 amostras (31%). CONCLUSÃO: Pseudomonas aeruginosa, outras bactérias Gram-negativas e Staphylococcus spp constituíram a microbiota predominante nos seios paranasais de pacientes com RSC.

microbiologia; sinusite


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