Resumo
Introdução:
O processamento auditivo central refere-se à eficiência e eficácia com que o sisPotenciais evocados tema nervoso central usa informações auditivas e pode estar alterado em distúrbios neurológicos e lesões cerebrais, como acidentes vasculares cerebrais. No entanto, apesar das evidências de Distúrbios possíveis alterações na população pediátrica, as habilidades funcionais e as limitações pósperceptivos -acidente vascular cerebral ainda não estão bem documentadas na literatura.
Objetivo:
Analisar os achados das avaliações eletrofisiológicas e comportamentais do procesDoenças auditivas samento auditivo central de crianças e adolescentes diagnosticados com acidente vascular cerebral em um ambulatório de referência, bem como investigar possíveis associações com Criança as variáveis: tipo e localização do acidente vascular cerebral e faixa etária.
Método:
Estudo transversal comparativo. A amostra, por conveniência, incluiu indivíduos de 7 a 18 anos, divididos em dois grupos: grupo de estudo (GE), composto por indivíduos com diagnóstico de acidente vascular cerebral, e grupo controle (GC), composto por indivíduos com desenvolvimento típico. A avaliação consistiu nos seguintes procedimentos: anamnese, avaliação audiológica básica, avaliação comportamental do distúrbio de processamento auditivo (teste dichotic digit, dichotic consonant-vowel, synthetic sentence identification/pediatric speech intelligibility, gaps in noise, pitch pattern sequence, masking level difference) e avaliação eletrofisiológica (P300 e mismatch negativity -).
Resultados:
Dezenove crianças e adolescentes foram incluídos no GE. O GC foi composto por 19 crianças e adolescentes com desenvolvimento típico. Na comparação entre os grupos, observa-se pior desempenho para o GE em todos os testes avaliados, comportamentais e eletrofisiológicos. Na avaliação comportamental do processamento auditivo central, houve diferença estatística para todos os testes, exceto masking level difference e teste dichotic digit, na fase de separação binaural na orelha esquerda. Na avaliação eletrofisiológica, houve diferença estatística na latência do mismatch negativity e P300. Não foram encontradas associações entre os achados comportamentais e eletrofisiológicos e as variáveis localização do acidente vascular cerebral e faixa etária.
Conclusão:
Crianças e adolescentes diagnosticados com acidente vascular cerebral apresentam pior desempenho nas avaliações eletrofisiológicas e comportamentais do processamento auditivo central quando comparados a um grupo controle.
PALAVRAS-CHAVE
Acidente vascular cerebral; Potenciais evocados auditivos; Distúrbios perceptivos auditivos; Doenças auditivas centrais; Criança