Resumo
Introdução:
A avaliação radiológica é mandatória para avaliar o tipo de abordagem endoscópica no tratamento cirúrgico de doença nasossinusal e na reconstrução de fraturas antes de quaisquer modalidades de tratamento relacionadas à parede medial orbital.
Objetivo:
O objetivo foi proporcionar uma melhor compreensão das variações da lâmina papirácea e a relação com a morfometria orbital.
Método:
Este estudo retrospectivo foi realizado por meio de tomografia computadorizada de 200 órbitas, e os resultados foram comparados em relação à idade, sexo, lateralidade e variações da lâmina pairácea.
Resultados:
As variações da lâmina papirácea foram categorizadas como tipo A, 80,5% (161/200); tipo B, 16% (32/200); tipo C, 3,5% (7/200). Para a parede medial, as medidas das alturas anteriores e posteriores da lâmina papirácea e ângulos foram de 17,14 mm, 147,88º e 9,6 mm, 152,72º, respectivamente. Além disso, as medidas do seu comprimento da, da área média do assoalho orbital, e da parede medial, lâmina papyracea e entrada orbital foram: 33,3 mm, 7,2 cm2, 6,89 cm2, 4,51 cm2 e 12,46 cm2, respectivamente. As medidas da altura e da largura orbitais foram 35,9 mm e 39,2 mm, respectivamente. A profundidade média da cavidade orbital foi de 46,3 mm, do forame óptico até a entrada orbital, e o volume orbital foi de 19,29 cm3. Analisamos as medidas morfométricas com tendência a aumentar com o envelhecimento e nos indivíduos do sexo masculino, e a relação das mesmas com os tipos de lâmina.
Conclusões:
O conhecimento preciso da anatomia da lâmina papirácea por meio de tomografia computadorizada é essencial para uma cirurgia mais segura e eficaz, além de permitir pré-moldar as dimensões do implante. Assim, as complicações pós-operatórias podem ser minimizadas, obtendo-se melhores resultados.
PALAVRAS-CHAVE
Tomografia computadorizada; Abordagem endoscópica; Lamina papirácea; Morfometria orbital; Cirurgia reconstrutora