Resumo
Introdução:
O tipo de abordagem endoscópica para a neurectomia do vidiano pode ser definido pela avaliação do canal do vidiano e das estruturas adjacentes aos seios esfenoidais.
Objetivo:
Investigar as variações e a morfometria do canal vidiano com enfoque nas suas correlações funcionais, pois são parâmetros anatômicos cruciais para o planejamento pré-operatório.
Método:
Esse estudo foi realizado utilizando-se imagens de tomografia computadorizada multidetectores dos seios paranasais com espessura de corte de 0,625 mm obtidas de 250 indivíduos adultos.
Resultados:
A distribuição das 500 variantes do canal vidiano foi categorizada da seguinte forma: Tipo 1, dentro do corpo ósseo esfenoidal (55,6%); Tipo 2, protrusão parcial no interior do seio esfenoidal (34,8%); Tipo 3, no interior do seio esfenoidal (9,6%). A pneumatização do processo pterigoide foi observada principalmente no canal vidiano Tipo 2 (72,4%) e Tipo 3 (95,8%) (p < 0,001). As distâncias médias do canal vidiano até o forame redondo e o canal palatovaginal foram maiores no canal vidiano do Tipo 2 e 3, com a pneumatização do processo pterigoide (p < 0,001). A presença do septo intraesfenoidal entre o canal vidiano e a crista vomeriana e a extensão lateral, que termina na proeminência da carótida, foi muito maior no canal vidiano Tipo 3 do que nos outros tipos (p < 0,001). A angulação média entre a cauda da concha média e a margem lateral da abertura anterior do canal vidiano foi de 33,05° ± 7,71°.
Conclusões:
A análise radiológica pré-operatória do canal do vidiano e das estruturas circunjacentes permitem ao cirurgião escolher uma abordagem endoscópica apropriada e prever resultados pós-operatórios.
PALAVRAS-CHAVE
Septo intraesfenoidal; Análise morfométrica; Pneumatização do processo pterigoide; Canal pterigoideo; Neurectomia do pterigoideo