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Potenciais evocados auditivos de tronco encefálico de ex-usuários de drogas

As drogas ilícitas são conhecidas pelos seus efeitos deletérios no sistema nervoso central; no entanto, elas também podem atingir o sistema auditivo, provocando alterações. OBJETIVOS: Analisar e comparar os resultados dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE) de frequentadores de grupos de apoio a ex-usuários de drogas. MÉTODO: Estudo transversal, não experimental, descritivo e quantitativo. A amostra foi composta por 17 indivíduos divididos conforme o tipo de droga mais consumida: 10 indivíduos no grupo maconha (G1) e sete no grupo crack/cocaína (G2). Eles foram subdivididos pelo tempo de uso de drogas: um a cinco anos, seis a 10 anos e mais que 15 anos. A avaliação foi feita por meio de anamnese, audiometria tonal liminar, medidas de imitância acústica e PEATE. RESULTADOS: Ao comparar os resultados de G1 e G2, independente do tempo de uso de drogas, não se observou diferença estatisticamente significante nas latências absolutas e nos intervalos interpicos. No entanto, apenas cinco dos 17 indivíduos tiveram PEATE com resultados adequados para a faixa etária. CONCLUSÃO: Independentemente do tempo de utilização das drogas, o uso de maconha e crack/cocaína pode provocar alterações difusas no tronco encefálico, comprometendo a transmissão do estímulo auditivo.

audição; Cannabis; cocaína; crack; drogas ilícitas; potenciais evocados auditivos do tronco encefálico


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