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Implante vestibular: ele realmente funciona? Uma revisão sistemática Como citar este artigo: Azevedo YJ, Ledesma AL, Pereira LV, Oliveira CA, Bahmad Junior F. Vestibular implant: does it really work? A systematic review. Braz J Otorhinolaryngol. 2019;85:788–98.

Resumo

Introdução:

Pessoas com perda vestibular apresentam um déficit no sistema vestibular, o qual é o principal responsável pelo controle postural, pela estabilização do olhar e orientação espacial enquanto a cabeça se movimenta. Não há tratamento efetivo para uma perda vestibular bilateral. Recentemente, foi desenvolvido um implante vestibular para pessoas com perda vestibular bilateral para melhorar essa função e, consequentemente, a qualidade de vida desses pacientes.

Objetivo:

Identificar na literatura científica evidências de que o implante vestibular melhora a função vestibular de pessoas com déficit vestibular.

Método:

Cento e quarenta e seis artigos foram encontrados em cinco bases de dados e 323 arti-gos da literatura cinzenta, mencionando a relação entre implante vestibular e função vestibular em humanos. A estratégia PICOS (População, Intervenção, Comparação e Desfechos) foi uti-lizada para definir os critérios de elegibilidade. Os estudos que preencheram os critérios de inclusão para esta segunda etapa foram incluídos em uma síntese qualitativa, e cada tipo de estudo foi analisado de acordo com a avaliação de risco de viés do Joanna Briggs Institute através da critical appraisal checklist for quasi-experimental studies e da critical appraisa lchecklist for case reports.

Resultados:

Dos 21 artigos incluídos cujos textos completos foram lidos, 10 foram selecionados para a análise qualitativa na presente revisão sistemática. Todos os dez artigos analisados ??através da critical appraisal checklist mostraram um baixo risco de viés. O número total de amostras nos artigos avaliados foi de 18 pacientes com implantes vestibulares.

Conclusões:

Em conjunto, esses achados apoiam a viabilidade do implante vestibular para a restauração do reflexo vestíbulo-ocular em uma ampla faixa de frequências e ilustram novos desafios para o desenvolvimento desta tecnologia.

Palavras-chave
Perda vestibular; Implante vestibular; Função vestibular

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