INTRODUÇÃO:
A utilização das escalas para mensurar o grau de comprometimento da paralisia facial tem se tornado rotina cada vez mais comum na clínica fonoaudiológica.
Objetivos:
Analisar a concordância inter- e intra-avaliadores das escalas do grau de paralisia facial e a opinião dos avaliadores quanto à sua utilização.
MÉTODO:
Estudo clínico observacional transversal das escalas de Chevalier e de House e Brackmann, realizado com cinco fonoaudiólogos com experiência clínica que analisaram a expressão facial de 30 indivíduos adultos com variação de comprometimento da mímica facial, por duas vezes, com intervalo de uma semana entre sessões. A análise de kappa foi empregada.
RESULTADOS:
Houve excelente concordância inter-avaliadores para as duas escalas (kappa > 0,80) e na escala de Chevalier foi observada concordância substancial intra-avaliadores na 1 a avaliação (kappa = 0,792) e excelente na 2 a avaliação (kappa = 0,928). A escala de House e Brackmann apresentou excelente concordância nos dois momentos da avaliação (kappa = 0,850 e 0,857). Quanto à opinião dos avaliadores, na escala de Chevalier um dos profissionais acha necessário treinamento prévio; na escala de House e Brackmann, quatro profissionais acham importante haver o treinamento.
CONCLUSÃO:
Ambas as escalas apresentam boa concordância inter- e intra-avaliadores e a maioria dos profissionais concorda quanto à facilidade e à relevância da aplicação destas escalas.
Paralisia facial; Avaliação; Escalas; Classificação; Fonoaudiologia