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Biofeedback em disfonia - progresso e desafios Como citar este artigo: Amorim GO, Balata PM, Vieira LG, Moura T, Silva HJ. Biofeedback in dysphonia - progress and challenges. Braz J Otorhinolaryngol. 2018;84:240-8.

Resumo

Introdução

Há evidências de que o complexo aparato envolvido no ato da fala, juntamente com o sistema auditivo, e seus ajustes podem ser alterados.

Objetivo

Apresentar evidências da aplicação de biofeedback (biorretroalimentação) para tratamento de distúrbios vocais, enfatizar a disfonia de tensão muscular.

Método

Realizou-se uma revisão sistemática nas bases de dados de Scielo, Lilacs, PubMed e Web of Sciences, utilizando a combinação de descritores e admitindo como critérios de inclusão: artigos publicados em revistas com comitê editorial, relatos de casos ou pesquisas experimentais ou quase experimentais sobre o uso debiofeedbackem tempo real como fonte adicional de monitoração de tratamento de disfonia de tensão muscular ou para treinamento vocal.

Resultados

Trinta e três artigos foram identificados em bases de dados, e sete foram incluídos na síntese qualitativa. O início dos estudos de biofeedbackeletromiográficos aplicados à terapia fonoaudiológica foram promissores e indicaram um novo método que permitiu bons resultados na disfonia de tensão muscular. No entanto, a discussão dos resultados carecia de evidências fisiológicas que pudessem servir de base. A busca por tais explicações tornou-se um desafio para os fonoaudiólogos e determinou duas linhas de pesquisa: uma dedicada à melhoria da metodologia de biofeedbackeletromiográfico para distúrbios da voz, para reduzir as variáveis de confusão e outra dedicada à pesquisa de processos neurais envolvidos na alteração do engrama muscular de pacientes normais e disfônicos.

Conclusão

Há evidências de que o biofeedback eletromiográfico promove mudanças nas redes neurais responsáveis pela fala e pode mudar o comportamento para emissões vocais com qualidade.

PALAVRAS-CHAVE
Fonoaudiologia; Voz; Disfonia; Feedback de eletromiografia

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