Resumo
Introdução
A concha média e o teto etmoidal são estruturas intranasais e podem apresentar muitas variações anatômicas. Essas estruturas, usadas como marcadores anatômicos durante a cirurgia sinusal funcional, são importantes para evitar complicações e para a feitura adequada da cirurgia. O conhecimento das variações anatômicas aumenta o sucesso cirúrgico e reduz as complicações.
Objetivo
Investigar a presença de assimetria no teto etmoidal e variações anatômicas em pacientes com e sem concha bolhosa.
Método
Os prontuários dos pacientes submetidos à tomografia computadorizada de seios paranasais entre 2012 e 2018 foram analisados retrospectivamente. Os pacientes foram divididos em dois grupos, pacientes com e sem concha bolhosa. As diferenças entre os dois grupos em termos de idade, sexo, desvio do septo, deiscência da artéria etmoidal e assimetria do teto etmoidal foram avaliadas.
Resultados
Os 369 pacientes incluídos em nosso estudo foram divididos em dois grupos: com concha bolhosa e sem concha bolhosa. A média de idade dos pacientes com concha bolhosa foi de 36,1 ± 13,4 (mín-máx: 12-74 anos) e a média de idade dos pacientes sem concha bolhosa foi de 37,5 ± 14,3 (mín-máx: 10-81 anos). As profundidades do teto etmoidal foram comparadas entre os dois grupos, observou-se diferença significante (p < 0,001). Observou-se que a profundidade do teto etmoidal foi maior no grupo com concha bolhosa (p < 0,001).
Conclusão
O resultado do nosso estudo indica que pacientes com concha média bolhosa tendem a apresentar uma maior profundidade do teto etmoidal.
Palavras-chave
Teto etmoidal; Concha bolhosa; Assimetria