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Níveis de 25 (OH) D3, incidência e recorrência de diferentes formas clínicas de vertigem posicional paroxística benigna Como citar este artigo: Maslovara S, Butkovic Soldo S, Sestak A, Milinkovic K, Rogic-Namacinski J, Soldo A. 25 (OH) D3 levels, incidence and recurrence of different clinical forms of BPPV. Braz J Otorhinolaryngol. 2018;84:453-9.

Resumo

Introdução

Vertigem posicional paroxística benigna é a causa mais comum de tonturas na população em geral. É uma condição no qual níveis reduzidos de vitamina D podem ter um potencial impacto para o desenvolvimento de crises recorrentes.

Objetivos

O objetivo desse estudo foi medir os níveis séricos de 25-hidroxivitamina D3 (25-OH D3) em pacientes com vertigem posicional paroxística benigna e determinar se há diferença nos níveis séricos de vitamina D3 entre pacientes com e sem recorrência, bem como entre as diferentes formas clínicas de vertigem posicional paroxística benigna.

Método

O estudo incluiu 40 pacientes submetidos a exame médico regular, diagnosticados com vertigem posicional paroxística benigna de canal posterior baseado no resultado positivo do teste de Dix-Hallpike. Todos os pacientes foram submetidos à manobra de Epley após o diagnóstico. Os pacientes foram classificados de acordo com as diretrizes atuais para os níveis de vitamina D3 sérica em três grupos: deficiência, insuficiência e nível adequado.

Resultados

O nível sérico médio de 25-OH D3 entre os indivíduos avaliados foi de 20,78 ng/mL, indicando falta ou insuficiência desta vitamina. De acordo com os níveis de 25-OH D3, a maioria dos pacientes apresentou deficiência (47,5%). Sete indivíduos (17,5%) entrevistados tinham nível sanguíneo adequado de 25-OH D3 e 14 (35%) apresentavam insuficiência. Não foi encontrada diferença significativa no nível sérico de 25-OH D3 entre pacientes com e sem recidiva de vertigem posicional paroxística benigna. Houve uma diferença significativa nos níveis séricos de 25-OH D3 de acordo com a forma clínica da doença. Baixos níveis de 25-OH D3 foram mais encontrados em pacientes com canalitíase em comparação com aqueles com cupulolitíase.

Conclusões

Não houve diferenças significativas no nível sérico de vitamina D3 em pacientes com e sem recorrência. O estudo mostrou um baixo nível de vitamina D3 sérica na maioria dos pacientes, indicando a necessidade de terapia suplementar.

PALAVRAS-CHAVE
Vertigem posicional paroxística benigna; Insuficiência da vitamina D3; Recorrência; Formas clínicas

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