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Papel das células de Onodi na esfenoidite: resultados da tomografia computadorizada com reconstrução multiplanar Como citar este artigo: Senturk M, Guler I, Azgin I, Sakarya EU, Ovet G, Alatas N, et al. The role of Onodi cells in sphenoiditis: results of multiplanar reconstruction of computed tomography scanning. Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83:88-93. ,☆☆ ☆☆ Este manuscrito foi apresentado oralmente no 11º Congresso Nacional de Rinologia da Turquia, Antalya, 16-19/abril/2015. O protocolo deste estudo foi aprovado pela comissão de revisão institucional da Faculdade de Medicina de Meram, Universidade de Necmettin Erbakan, Konya, Turquia.

Resumo

Introdução

As células de Onodi são as células etmoidais mais posteriores, que se prolongam superolateralmente ao seio esfenoidal. Essas células também se encontram em íntima relação com o seio esfenoidal, o nervo óptico e a artéria carótida. Para análise de variações anatômicas antes da implantação de qualquer modalidade terapêutica relacionada ao seio esfenoidal, a avaliação radiológica é obrigatória,

Objetivo

Nosso objetivo foi avaliar o papel das células de Onodi na frequência de esfenoidite.

Método

Em nosso estudo, foi feita uma análise retrospectiva em 618 pacientes adultos que se submeteram à tomografia computadorizada de alta resolução entre janeiro de 2013 e janeiro de 2015. Avaliamos a prevalência de células de Onodi e de esfenoidite. Investigamos se a presença de células de Onodi leva a um aumento na prevalência de esfenoidite.

Resultados

A positividade para células de Onodi foi observada em 326 de 618 pacientes e sua prevalência foi de 52,7%. No grupo de estudo, 60,3% (n = 73) eram CO-positivas: ipsilateral (n = 21) ou bilateralmente (n = 52); e 39,7% (n = 48) eram CO-negativas (n = 35) ou apenas contralateralmente CO-positivas (n = 13). No grupo de controle, 48,3% (n = 240) eram CO-positivas; e 51,7% (n = 257) eram CO-negativas. Observamos que a coexistência de CO ipsilateralmente aumentava em 1,5 vez a associação com esfenoidite e esse achado foi estatisticamente significante (p < 0,05).

Conclusão

A prevalência de esfenoidite parece ser maior em pacientes com células de Onodi, mas não é possível afirmar que elas são isoladamente o fator causador dessa doença. Novos estudos precisam ser feitos para uma investigação dos fatores contributivos relacionados à esfenoidite.

Palavras-chave
Variação anatômica; Tomografia computadorizada; Célula de Onodi; Esfenoidite

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