Resumo
Introdução:
Avaliar a percepção olfativa em distúrbios olfativos é de extrema importância para a correta conduta terapêutica. No entanto, apenas o teste University of Pennsylvania smell identification test e o teste sniffin’sticks são validados no Brasil.
Objetivos:
Avaliar a correlação e concordância entre os testes Connecticut chemosensory clinical research center e do brief-smell identification test e University of Pennsylvania smell identification test em participantes saudáveis e em participantes com distúrbios olfativos de acordo com os resultados e aspectos técnicos dos dois testes.
Método:
Cinquenta participantes sem queixas olfativas e 50 participantes com distúrbios olfativos submetidos ao teste Connecticut chemosensory clinical research center e ao brief-smell identification test foram incluídos. Os seguintes testes foram usados para análise estatística: teste U de Mann-Whitney, correlação de Spearman, coeficiente de correlação intraclasse e plotagem de Bland-Altman. Um erro alfa (nível de significância) de 0,05 foi considerado nas análises estatísticas feitas no estudo.
Resultados:
Ambos os testes foram eficazes para diferenciar os grupos sem a presença de valores sobrepostos para os marcadores medidos. Além disso, houve uma forte correlação entre a correlação de Spearman e o coeficiente de correlação intraclasse entre os testes e para as duas narinas. Entretanto, as correlações foram menores quando os grupos foram avaliados individualmente. O gráfico de Bland-Altman não mostrou viés quando todos os participantes foram avaliados simultaneamente.
Conclusões:
Os testes para avaliar a percepção olfativa apresentaram um elevado nível de concordância. Em nossa amostra, podemos inferir que o Connecticut chemosensory clinical research center é equivalente ao brief-smell identification test e pode ser usado no diagnóstico de rotina de pacientes com queixas de distúrbios olfativos, considerando a vantagem de seu baixo custo.
Palavras-chave
B-SIT; Connecticut; Percepção olfativa; Olfação; Cheiro; UPSIT