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Escore ultrassonográfico de nódulos sólidos de tireoide: efeitos do tamanho do nódulo e de linfonodo cervical suspeito Como citar este artigo: Unsal O, Akpinar M, Turk B, Ucak I, Ozel A, Kayaoglu S, et al. Sonographic scoring of solid thyroid nodules: effects of nodule size and suspicious cervical lymph node. Braz J Otorhinolaryngol. 2017;83:73-9.

Resumo

Introdução

A ultrassonografia é o método imagiológico mais frequentemente usado na avaliação de nódulos tireoidianos. As características ultrassonográficas dos nódulos tireoidianos que dizem respeito à malignidade são importantes para a definição da necessidade de uma biópsia por aspiração com agulha fina ou uma cirurgia aberta.

Objetivo

Avaliar o risco de malignidade de nódulos tireoidianos sólidos por meio de escore ultrassonográfico, verificar os efeitos de nódulos ≥ 2 cm, em associação com linfonodo cervical patológico, além de características suspeitas geralmente omitidas.

Método

Foram revisados dados médicos de 123 pacientes tratados com cirurgia da tireoide. Foram incluídos no estudo 89 pacientes (58 mulheres, 31 homens). Presença e ausência de cada característica ultrassonográfica suspeita de nódulo tireoidiano receberam pontuações de 1 e 0, respectivamente. O escore ultrassonográfico total foi obtido pela soma dos achados ultrassonográficos positivos. Diferentemente da literatura, nódulos ≥ 2 cm e nodo cervical patológico associado foram acrescentados nos critérios de pontuação. Foram calculados o valor diagnóstico das características dos nódulos para malignidade e o efeito do escore ultrassonográfico total na diferenciação entre doença maligna vs. benigna.

Resultados

Foi encontrada uma associação significante entre malignidade e hipoecogenicidade, irregularidade das margens, vascularidade intranodular e microcalcificação (p < 0,05). Nodo cervical patológico foi observado predominantemente em associação com nódulos malignos. O valor preditivo positivo de nodo cervical suspeito para malignidade foi de 67%, similar ao achado para microcalcificação. Diâmetro de nódulo ≥ 2 cm não foi fator diferenciador para diagnóstico de malignidade. O número de características ultrassonográficas suspeitas obtido com a análise da curva de características de operação do receptor (receiver operating characteristic, ROC) para discriminação entre doença maligna vs. benigna foi igual a 3.

Conclusão

O escore ultrassonográfico dos nódulos tireoidianos é método efetivo para predição de malignidade. Sugerimos a inclusão de nódulo patológico associado aos critérios de pontuação. Futuros estudos com coortes maiores proporcionarão mais evidências sobre sua importância no escore ultrassonográfico.

Palavras-chave
Malignidade de tireoide; Nódulo tireoidiano; Características ultrassonográficas; Escore; Suspeito

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