RESUMO
INTRODUÇÃO:
Tratamentos promissores para o fechamento da perfuração da membrana timpânica vêm sendo estudados. Terapias provenientes de engenharia de tecidos provavelmente eliminarão a necessidade de uma intervenção cirúrgica convencional. A celulose bacteriana apresenta-se como uma alternativa por ser segura, de baixa toxicidade, biocompatível.
OBJETIVOS:
Investigar o efeito da aplicação direta do enxerto da celulose bacteriana na cicatrização de perfurações da membrana timpânica, comparado ao procedimento convencional com fáscia autóloga.
MÉTODO:
Incluíram-se 40 pacientes com perfuração da membrana timpânica por otite média crônica simples. Randomizados de 1 a 40, onde os ímpares (20) foram tratados com enxerto de celulose bacteriana (CB), e os pares (20), com enxerto de fáscia temporal autóloga (fáscia). Estudo clínico controlado e randomizado. O tempo cirúrgico e de hospitalização foram o tempo de epitelização e custos hospitalares.
RESULTADOS:
O fechamento das perfurações foi semelhante nos dois grupos. O tempo médio da cirurgia no grupo fáscia foi de 76,50 minutos e de 14,06 minutos no grupo com celulose bacteriana (p = 0,0001). O custo hospitalar pela tabela do SUS foi de R$ 600,00 para o grupo CB e R$ 7.778,00 para o grupo fáscia (p = 0,0001).
CONCLUSÃO:
A celulose bacteriana promoveu o fechamento da perfuração do tímpano, mostrando-se inovador, seguro, eficaz, efetivo, minimamente invasivo e de baixo custo.
Palavras-chave:
Perfuração da membrana timpânica; Biopolímero; Celulose bacteriana