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Etiologia clínica da miíase em otorrinolaringologia: um estudo retrospectivo

Miíase em ORL não é mais uma doença fatal, mas ainda está presente como um significativo problema em ambientes externos. Entretanto, progressos alcançados no tratamento, incluindo terapêutica de suporte, têm levado à cura precoce com significativa redução na taxa de internação hospitalar por causa dessa enfermidade. OBJETIVOS: Avaliar a etiologia clínica e as associações entre miíase e os hábitos e habitats dos pacientes; e avaliar diferenças no tocante à idade, estação do ano, incidência socioeconômica, flora bacteriana nasal e a utilidade de certos exames comumente feitos - um estudo retrospectivo de 25 anos. MATERIAIS E MÉTODOS: O presente estudo envolveu 80 pacientes selecionados em dois períodos; os primeiros 40 casos foram selecionados de 1979 a 1980, e os 40 seguintes foram coletados entre 2003 e 2004. Os casos foram estudados de forma retrospectiva e os dados foram analisados em tabelas. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Cornetos atróficos representaram o achado nasal patológico mais comum - em 30% dos casos. Alterações significativas foram encontradas na faixa etária dos 51 anos e acima, com um aumento de 30% nestes. A média etária entre 2003-04 foi de 60 anos. A incidência de perfuração palatina caiu de 17,88% para 2,5%. Klebsiella foi o germe mais significativamente presente na flora microbiana nasal. Os exames de VDRL e teste cutâneo mostraram pobre associação etiológica entre as doenças.

laríngeo; miíase; nasal; traqueostomia


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