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Aplicabilidade da dosagem de paratormônio intacto imediato, tardio ou seriado após tireoidectomia total

Hipocalcemia é a complicação mais comum após tireoidectomia total. A dosagem de paratormônio intacto é eficaz para detectar pacientes com risco de desenvolver hipocalcemia sintomática pós-operatória. Todavia, existem divergências sobre qual momento seria mais adequado para a realização deste exame após a cirurgia. OBJETIVOS: Avaliar a relação entre níveis séricos de paratormônio intacto dosados em diferentes momentos após tireoidectomia total e risco de hipocalcemia sintomática. MÉTODO:110 pacientes submetidos à tireoidectomia total foram observados para ocorrência de hipocalcemia sintomática associado à dosagem de paratormônio intacto (PTHi) 4h e 12h após a cirurgia. Realizada estimativa de probabilidade de hipocalcemia e avaliação dos resultados de desempenho para os diferentes tempos de dosagem de PTHi isoladamente e de forma seriada. Desenho: Estudo retrospectivo de série de casos. RESULTADOS: Dosagem de PTHi apresentou sensibilidade entre 90,3% e 96,8% para hipocalcemia sintomática e especificidade variando entre 77,2% e 87,3%. Não houve diferença significativa entre a sensibilidade do exame realizado após 4h, 12h ou seriada. Contudo, PTHi colhido 12h após a cirurgia apresentou a maior especificidade (p < 0,007) entre as dosagens. CONCLUSÃO: Dosagem única de PTHi colhida 12h após tireoidectomia pode ser utilizada como triagem para o risco de hipocalcemia sintomática.

complicações pós-operatórias; hormônio paratireóideo; tireoidectomia


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