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Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, Volume: 88, Número: 3, Publicado: 2022
  • Covid-19 e as tonturas: o que sabemos até o momento? Editorial

    Mezzalira, Raquel
  • Avaliação da cirurgia e os benefícios a curto prazo de um novo implante auditivo de condução óssea ativa - o sistema Osia®, Artigo Original

    Gawęcki, Wojciech; Gibasiewicz, Renata; Marszał, Joanna; Błaszczyk, Magdalena; Gawłowska, Maria; Wierzbicka, Małgorzata

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A medicina moderna oferece um amplo espectro de diferentes aparelhos auditivos, e implantes de condução óssea estão entre eles. Objetivo Apresentação dos resultados do uso de um novo implante auditivo de condução óssea ativa - o Osia® e sua comparação com o conhecido sistema transcutâneo passivo - o sistema Baha® Attract. Método Oito pacientes adultos com perda auditiva mista bilateral foram divididos aleatoriamente em dois grupos. O grupo 1 foi implantado com o Osia® e o grupo 2 foi implantado com o sistema Baha® Attract. Os detalhes da cirurgia foram analisados, juntamente com os resultados funcionais e audiológicos. Resultados Em todos os casos, a cirurgia foi bem-sucedida e a cicatrização ocorreu sem intercorrências. Nos dois grupos, observou-se que a audiometria de tons puros e a audiometria de fala em campo livre melhoraram significativamente após o implante (ganho médio na audiometria para tons puros para o grupo Osia® de 42,8 dB NPS e para o grupo Baha®, 38,8 dB NPS). No grupo Osia®, os resultados após a cirurgia foram muito melhores do que com o processador Baha® 5 Power no sistema SoftBand. Os pacientes implantados com o Osia® avaliaram melhor a qualidade de sua audição do que os implantados com o sistema Baha® Attract. Houve uma melhoria evidente no questionário abbreviated profile of hearing aid benefit e na escala speech, spatial and qualities of hearing, para ambos os sistemas. No questionario abbreviated profile of hearing aid benefit, as mudanças foram mais evidentes no grupo Osia® (escore global 49% vs. 37,2%). Conclusão O sistema Osia® é uma opção de tratamento eficaz para pacientes com perda auditiva mista bilateral. A cirurgia é segura, mas mais complexa e demorada que a implantação do sistema Baha® Attract. Os resultados audiológicos preliminares, bem como aqueles avaliando a qualidade de vida, indicam que o Osia® é uma alternativa melhor que o Baha® Attract. Entretanto, mais observações são necessárias em grupos maiores de pacientes e com tempo de seguimento mais longo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Modern medicine offers a wide spectrum of different hearing devices, and bone conduction implants can be found among them. Objective The presentation of the outcomes of the implantation of a new active bone conduction hearing implant - the Osia®, and its comparison with the well-known passive transcutaneous system - the Baha® Attract. Methods Eight adult patients with bilateral mixed hearing loss were randomly divided into two groups. Group 1 was implanted with the Osia®, and group 2 was implanted with the Baha® Attract. The details of the surgery were analyzed, along with the functional and audiological results. Results In all the cases, the surgery was successful, and the healing uneventful. In both groups, it was observed that pure tone audiometry and speech audiometry in free field improved significantly after the implantation (mean gain in pure tone audiometry for the Osia group 42.8 dB SPL and for the Baha group 38.8 dB SPL). In the Osia group, the results after the surgery were much better than with the Baha® 5 Power processor on the Softband. The patients implanted with the Osia® evaluated the quality of their hearing as being superior to those implanted with the Baha® Attract. There was an evident improvement in the abbreviated profile of hearing aid benefit questionnaire and in the speech, spatial and qualities of hearing scale for both systems. In the abbreviated profile of hearing aid benefit, changes were more evident in the Osia group (in global score 49% vs. 37.2%). Conclusion Implantation of the Osia® is an effective treatment option for the patients with bilateral mixed hearing loss. The surgery is safe but more complex and time-consuming than the Baha® Attract implantation. The preliminary audiological results as well as the overall quality of life indicate that the Osia® is a better solution than the Baha® Attract. However, future studies should be carried out to make further observations in a larger group of patients, and with longer follow-up.
  • Como a obesidade afeta a função nasal na apneia obstrutiva do sono: parâmetros anatômicos e volumétricos, Artigo Original

    Rodrigues, Marcos Marques; Carvalho, Pedro Henrique de Azambuja; Gabrielli, Mário Francisco Real; Lopes, Ricardo Nasser; Garcia Junior, Otávio Alves; Pereira Filho, Valfrido Antonio; Passeri, Luis Augusto

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A apneia obstrutiva do sono é consequência do colapso das vias aéreas superiores Qualquer região de obstrução nas vias aéreas superiores pode contribuir para o colapso da faringe. A obesidade e os distúrbios relacionados à obesidade desempenham um papel importante na apneia obstrutiva do sono e sua relação com o aumento da resistência das vias aéreas superiores. Objetivo Avaliar a relação entre a obesidade e as propriedades da cavidade nasal em pacientes com apneia obstrutiva do sono. Método O estudo foi feito retrospectivamente através da revisão de prontuários médicos de pacientes adultos. O instrumento de avaliação NOSE, do inglês nasal obstruction symptom evaluation, foi usado para avaliar a obstrução nasal. Os distúrbios respiratórios do sono foram avaliados através de exames polissonográficos. O volume nasal foi obtido por tomografia computadorizada e a reconstrução volumétrica das vias aéreas nasais. As alterações anatômicas nasais foram avaliadas por endoscopia nasal. Resultados A análise dos prontuários de 83 pacientes, entre os quais 54 eram do sexo masculino e 29 do feminino, encontrou um índice de massa corporal médio de 28,69 kg/m2. Os grupos obeso e não obeso foram determinados com o ponto de corte de 30 kg/m2. Na comparação entre os grupos, o grupo obeso apresentou correlação positiva e significante com o índice de apneia/hipopneia (p = 0,02), instrumento NOSE (p = 0,033) e hipertrofia da concha inferior (p = 0,036), com uma odds ratio de 1,983 (IC95%: 1,048 a 3,753). A avaliação do desvio do septo nasal (p = 0,126) e do volume das vias aéreas nasais (p = 0,177) não mostrou resultados significantes. Conclusão A obesidade correlacionou-se significantemente com a obstrução nasal subjetiva pela escala NOSE e hipertrofia de concha inferior em pacientes com apneia obstrutiva do sono. Não houve correlação com a avaliação do volume nasal. Nível de evidência 3b. Estudo de caso-controle individual.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Obstructive sleep apnea is a consequence of upper airway collapse. Any obstructive sector in the upper airway can contribute to pharyngeal collapse. Obesity and obesity-related disorders play an important role in obstructive sleep apnea and its relationship with increased upper airway resistance. Objective This study was designed to evaluate the relationship between obesity and properties of the nasal cavity in patients with obstructive sleep apnea. Methods The study was conducted retrospectively by review of medical records of adult patients. The nasal obstruction symptom evaluation, NOSE instrument, was used to measure nasal obstruction. Sleep breathing disorders were evaluated by polysomnography exams. Nasal volume was obtained by computed tomography scans and volumetric reconstruction of nasal airway. Nasal anatomic alterations were assessed by nasal endoscopy. Results Analysis of 83 patient records, among whom 54 were male and 29 females, found the mean body mass index of 28.69 kg/m2. Obese and non-obese groups were determined by using cut-off 30 kg/m2. In the comparison between groups, the obese group had a positive and significant correlation with apnea/hypopnea index (p= 0.02), NOSE instrument (p= 0.033) and inferior turbinate hypertrophy (p= 0.036), with odds ratio 1.983 (95% IC 1.048 − 3.753). nasal septum deviation (p= 0.126) and nasal airway volume evaluation (p= 0.177) showed no significant results. Conclusion Obesity was significantly correlated with subjective nasal obstruction, NOSE scale, and inferior turbinate hypertrophy in patients with obstructive sleep apnea. There was no correlation with the nasal volume evaluation. Level of Evidence 3b - Individual case-control study.
  • Relação anatômica da pneumatização do processo pterigoide e o canal vidiano Artigo Original

    Lakshman, Nanditha; Viveka, S.; Assanar, Fahad Bapu Thondupadath

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução O canal vidiano atua como ponto de referência para a identificação da artéria carótida petrosa, especialmente durante abordagens endoscópicas endonasais extensas em cirurgias de base do crânio. Este estudo foi projetado com o objetivo de localizar o canal vidiano e entender a relação da pneumatização do processo pterigoide sobre o tipo de canal. Objetivos Descrever a relação anatômica da pneumatização do processo pterigoide com os tipos de canal vidiano. Foram avaliados o comprimento do canal vidiano, a relação com a placa medial do processo pterigoide e com a porção petrosa da artéria carótida interna. Método Foram estudadas tomografias computadorizadas de 52 indivíduos submetidos a tomografia computadorizada de cabeça por suspeita de doença em seio paranasal. Foram observados o grau de pneumatização do seio esfenoidal, a pneumatização do processo pterigoide e os tipos de canal vidiano (Tipos 1, 2 e 3). Observou-se o comprimento do canal vidiano, a distância do plano da placa pterigoide medial e a relação do canal vidiano com a junção da porção petrosa e gasseriana (ascendente) da artéria carótida interna. Resultados Eram do tipo selar 46 (92%) seios esfenoidais. Dos 104 lados estudados, 57 eram do processo pterigoide pneumatizado e 47 não eram pneumatizados. Em 49 lados (47,1%), o canal vidiano estava no mesmo plano que o da placa pterigoide medial na seção coronal. O canal vidiano em protusão parcial no seio esfenoidal (tipo 2) foi o tipo mais comum (50,9%), encontrado nos lados direito e esquerdo. Houve uma associação estatisticamente significante entre a pneumatização do processo pterigoide e a ocorrência da configuração do canal vidiano tipo 2 e tipo 3. O comprimento médio do canal vidiano foi de 16,16 ± 1,8 mm. Em 96 lados, a extremidade anterior do canal vidiano era inferolateral à porção petrosa da artéria carótida interna no plano coronal. Conclusão A pneumatização do processo pterigoide indica a configuração do canal vidiano tipo 2 ou tipo 3.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction The vidian canal acts as landmark for the identification of the petrous carotid artery, especially during extended endoscopic endonasal approaches in cranial base surgeries. In order to localize the canal and to understand the relationship of pneumatization of pterygoid process to the type of vidian canal, this study was designed. Objectives The objective was to describe the anatomical relationship of pneumatization of the pterygoid process with types of vidian canal. The length of vidian canal, relationship to medial plate of pterygoid process and relationship to the petrous part of internal carotid artery were evaluated. Methods Head computer tomography scans of 52 individuals for suspected paranasal pathology were studied. The degree of sphenoid sinus pneumatization, pterygoid process pneumatization and types of vidian canal (type 1, 2 and 3) were noted. The length of vidian canal, distance from the plane of medial pterygoid plate and relation of vidian canal to the junction of petrous and Gasserian (ascending) part of internal carotid artery was noted. Results 46 (92%) sphenoid sinuses were of the sellar variety. Out of 104 sides that were studied, 57 sides demonstrated a pneumatised pterygoid process and 47 were not pneumatised. In 49 sides (47.1%) the vidian canal was on the same plane as that of the medial pterygoid plate in the coronal section. The vidian canal partially protruded into the sphenoid sinus (type 2) was the most common type (50.9%), found both on right and left sides. There is a statistically significant association between the pterygoid process pneumatization and occurrence of type 2 and type 3 vidian canal configuration. The average length of the vidian canal was 16.16 ± 1.8 mm. In 96 sides, the anterior end of vidian canal was inferolateral to petrous part of internal carotid artery in the coronal plane. Conclusion Pneumatization of the pterygoid process indicates either type 2 or type 3 vidian canal configuration.
  • Características clínicas e demográficas de tumores odontogênicos adenomatoides: análise de 116 novos casos em um único centro Artigo Original

    Siriwardena, Bogahawatte Samarakoon Mudiyanselage Samadarani; Udagama, Muthuranwelli Nawaragoda Gedara Pushpakumara; Tennakoon, Tennakoon Mudiyanselage Priyanka Bandara; Athukorala, Demin Achchi Athukoralalage Dona Wimukthi; Jayasooriya, Primali Rukmal; Tilakaratne, Wanninayake Mudiyanselage

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução O tumor odontogênico adenomatoide é uma neoplasia odontogênica relativamente incomum que representa cerca de 4,7% de todos os tumores odontogênicos. Objetivo Determinar o perfil demográfico e clínico dos tumores odontogênicos adenomatoides em uma população do Sri Lanka. Método Os dados foram obtidos dos casos tratados por 38 anos no Departamento de Patologia Oral da Faculty of Dental Sciences, University of Peradeniya. Formulários de solicitação, relatórios de biópsia e o banco de dados eletrônico do departamento foram usados para obter informações relevantes. Dados demográficos, idade, sexo e localização do tumor foram incluídos na análise. Resultados Dos 116 casos de tumor odontogênico adenomatoide, a média de idade foi de 21,02 ± 11,24. Ocorreu com mais frequência na segunda década de vida, e foi mais prevalente no sexo feminino, mais frequentemente associado à maxila, afetou predominantemente os ossos da mandíbula anterior e apresentou-se principalmente no lado direito dos ossos da mandíbula. Os resultados do presente estudo mostraram uma relação estatisticamente significante com o local da ocorrência (maxila/mandíbula) e idade (p < 0,005). Além disso, de acordo com o local de ocorrência, região anterior/média/posterior, também apresentou relação significante com a idade (p ≤ 0,001). Entretanto, nem o lado acometido, direito ou esquerdo, ou o sítio de ocorrência foi estatisticamente significante em relação à idade (p > 0,05). Conclusão O tumor odontogênico adenomatoide ocorre com mais frequência na segunda década de vida, com predominância feminina significativa, e o local mais comum é a maxila anterior. Este estudo revelou poucas diferenças nas apresentações demográficas e clínicas do tumor odontogênico adenomatoide de algumas regiões do mundo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction The adenomatoid odontogenic tumor is a relatively uncommon odontogenic neoplasm representing about 4.7% of all odontogenic tumors. Objective The aim of this study was to determine the demographic and clinical profile of the adenomatoid odontogenic tumors in a Sri Lankan population. Methods Data gathered from the cases received for a period of 38 years from the Department of Oral Pathology, Faculty of Dental Sciences, University of Peradeniya. Request forms, biopsy reports and electronic data base of the department were used to obtain relevant information. Demographic data including age, gender and location of the tumor were included in the analysis. Results Out of 116 cases of adenomatoid odontogenic tumor, the mean age was 21.02 ± 11.24. It occurs more fre quently in the second decade of life, more prevalent in females, most often associated with the maxilla, predominantly affecting anterior jaw bones and presenting mostly in the right side of the jaw bone. The results from the present study showed the statistically significant relationship with site of occurrence (maxilla/mandible) and age (p< 0.005). Further, depending on whether it occurs in anterior/mid/posterior site also showed a significant relationship with age (p≤ 0.001). However, side of occurrence, left or right or site of occurrence, showed no statistically significance with age (p> 0.05). Conclusion Adenomatoid odontogenic tumor occurs more frequently in the second decade of life with a significant female predominance and the commonest site is anterior maxilla. This study revealed few differences on demographic and clinical presentations of adenomatoid odontogenic tumor from some regions of the world.
  • Nossa experiência de 12 anos com o tubo T de Montgomery no tratamento de pacientes com trauma laringotraqueal contuso agudo Artigo Original

    Kaintura, Madhuri; Wadhera, Raman; Hernot, Sharad

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução O tubo T de Montgomery é um dispositivo usado como stent traqueal combinado com tubo de traqueostomia para evitar estenose traqueal pós-operatória. Objetivo Avaliar o resultado do procedimento cirúrgico feito para lesões no pescoço e nas vias aéreas em pacientes com trauma laringotraqueal contuso agudo e o resultado da colocação do tubo T de Montgomery nesses pacientes por 12 anos. Método Entre 2005 e 2017, 19 pacientes com trauma laringotraqueal contuso agudo foram submetidos ao implante do tubo T de Montgomery. Todos os 19 pacientes com trauma laringotraqueal foram submetidos a uma traqueostomia pré-operatória no pronto-socorro por um cirurgião otorrinolaringologista. O implante do tubo T de Montgomery foi feito posteriormente através de uma abordagem externa. O período de seguimento variou de dois a 10 anos. O tubo T de Montgomery foi removido após um período que variou de seis meses a um ano e meio. Resultados A maioria dos pacientes do estudo estava na faixa de 21 a 30 anos. A traqueostomia pré-operatória foi feita em todos os 19 pacientes. Todos, exceto três, tiveram decanulação bem-sucedida e resultado satisfatório em longo prazo. Conclusão O tratamento do trauma laringotraqueal contuso agudo é um desafio que exige uma abordagem multidisciplinar. A opção de tratamento ideal deve ser individualizada de acordo com a condição do paciente e as características da lesão. De acordo com nosso estudo, sugerimos que os casos de pacientes com trauma laringotraqueal contuso agudo sejam tratados de acordo com o protocolo mencionado em nosso estudo e enfatizamos fortemente que o implante do tubo T de Montgomery deve ser mantido por pelo menos um ano completo nas vias aéreas, pois resulta em chances insignificantes de posterior estenose pós-traumática das vias aéreas.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction The Montgomery T-tube is a device used as a combined tracheal stent and tracheostomy tube to prevent post-operative tracheal stenosis. Objectives The purpose of this retrospective study is to evaluate the outcome following Montgomery T-tube stenting performed in for neck and airway injury in patients with acute blunt laryngotracheal trauma over a period of 12 years. Methods Between 2005 and 2017, 19 patients with acute blunt laryngotracheal trauma underwent Montgomery T-tube stenting. All 19 laryngotracheal trauma patients had undergone a preoperative tracheostomy in the emergency department by an ENT surgeon. Montgomery T-tube stenting was done later through an external approach. The follow up period ranged from 2 to 10 years. The Montgomery T-tube was removed after a period ranging from 6 months to 1½ year. Results The majority of patients in the study were in the age group of 21-30 years. A preoperative tracheostomy was done in all 19 patients. All patients except 3 underwent successful decannulation, and experienced long-term satisfactory result. Conclusion Management of acute blunt laryngotracheal trauma is a challenging problem that demands a multidisciplinary approach. The ideal treatment option should be individualized according to the patient's condition and characteristics of injury. According to our study we suggest that cases of acute blunt laryngotracheal trauma patients should be managed following the protocol as mentioned in our study, and we strongly emphasize that Montgomery T-tube should be left for at least 1 complete year in the airway as it results in negligible chances of post-traumatic stenosis of airway later.
  • Relação entre a influência da gravidade da apneia obstrutiva do sono e alterações craniofaciais e do posicionamento do osso hioide Artigo Original

    Soares, Manoela M.; Romano, Fabio L.; Dias, Franciele V. da Silva; Souza, Jaqueline F. de; Almeida, Leila A. de; Miura, Carolina S.; Itikawa, Carla E.; Matsumoto, Mirian A.; Anselmo-Lima, Wilma T.; Valera, Fabiana C.P.

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A relação entre a intensidade da apneia obstrutiva do sono e alterações esqueléticas da face e do hioide em crianças é pouco explorada na literatura. Objetivo Avaliar se a intensidade da apneia obstrutiva do sono correlaciona-se às alterações craniofaciais e ao posicionamento do osso hioide em crianças em fase de dentição mista. Método Foram submetidas 76 crianças entre 7 e 10 anos à avaliação otorrinolaringológica, polissonografia e avaliação ortodôntica, inclusive cefalometria. Os participantes foram divididos em 3 grupos: grupo 1 com ronco primário, grupo 2 com apneia obstrutiva do sono leve e grupo 3 com apneia obstrutiva do sono moderada/grave. Foram analisadas medidas cefalométricas da face e do osso hioide. Essas medidas foram comparadas entre si dentro dos diferentes grupos por teste t de Student não pareado. Além disso, essas medidas foram correlacionadas com a variável índice de apneias obstrutivas e hipopneias do paciente através do teste de correlação de Pearson. Resultados Das 76 crianças, 14 constituíram o grupo 1, ronco primário; 46 o grupo 2, apneia obstrutiva do sono leve; e 16 o grupo 3, apneia obstrutiva do sono moderada/grave. Não se observou diferença significante entre os grupos para as variáveis craniofaciais. Observou-se maior distância do osso hioide ao plano mandibular nos dois grupos com apneia obstrutiva do sono quando comparado ao ronco primário (p < 0,05). Entre os dois subgrupos da apneia obstrutiva do sono, os pacientes com doença moderada ou grave apresentaram distância horizontal entre o hioide e a parede posterior da faringe significantemente menor (p < 0,05), quando comparados aos grupos com apneia obstrutiva do sono leve. Observamos ainda correlação significantemente positiva entre índice de apneias obstrutivas e hipopneias e a distância do hioide ao plano mandibular (p < 0,05) e significantemente negativa entre índice de apneias obstrutivas e hipopneias e distância horizontal do hioide com a parede posterior da faringe (p < 0,01). Conclusão Não observamos relação da apneia obstrutiva do sono com alterações lineares laterais da face. Em contraste, existe relação direta entre a gravidade da apneia obstrutiva do sono e a posição inferior e posterior do osso hioide em crianças entre 7 e 10 anos.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction The association between the intensity of obstructive sleep apnea and skeletal alterations in the face and hyoid bone is still scarcely addressed in the literature. Objective To evaluate whether the intensity of obstructive sleep apnea is associated with craniofacial alterations and the position of the hyoid bone in children with mixed dentition. Methods 76 children aged 7 to 10 years old were examined by otorhinolaryngological evaluation, polysomnography, and orthodontic assessment, including cephalometry. The participants were divided in 3 groups: primary snoring, mild obstructive sleep apnea and moderate to severe obstructive sleep apnea. Cephalometric measures of the face and hyoid bone were assessed. These measures were compared among the different groups by unpaired Student's t test. Moreover, these measures were correlated with the patient's obstructive apnea and hypopnea index variable using Pearson's correlation test. Results Of the 76 children, 14 belonged to group 1, with primary snoring; 46 to group 2, with mild obstructive sleep apnea; and 16 to group 3, with moderate-severe obstructive sleep apnea. There was no difference between the groups regarding the craniofacial variables. Children with obstructive sleep apnea showed a longer distance from the hyoid bone to the mandibular plane when compared to the primary snoring group (p < 0.05). Between the two obstructive sleep apnea subgroups, patients with moderate or severe disease showed significantly shorter horizontal distance between the hyoid bone and the posterior pharyngeal wall (p < 0.05), when compared to the groups with mild obstructive sleep apnea. We also observed a significant positive correlation between obstructive apnea and hypopnea index and the distance from the hyoid to the mandibular plane (p < 0.05) as well as a significant negative association between obstructive apnea and hypopnea index and the horizontal distance from the hyoid to the posterior pharyngeal wall (p < 0.01). Conclusion We did not observe any association between obstructive sleep apnea and linear lateral alterations of the face. In contrast, there is a direct association between obstructive sleep apnea severity and the inferior and posterior position of the hyoid bone in children aged 7 to 10 years old.
  • Resultados de sobrevivência de 3.786 pacientes com carcinoma epidermoide de laringe em estádio I ou II: um estudo baseado em escore de propensão Artigo Original

    Carvalho, Genival Barbosa de; Kohler, Hugo Fontan; Lira, Renan Bezerra; Vartanian, José Guilherme; Kowalski, Luiz Paulo

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução O carcinoma epidermoide de laringe é o segundo mais prevalente entre os tumores de cabeça e pescoço e o tratamento dos pacientes com doença em estádio I ou II pode ser feito com cirurgia ou radioterapia. Estudos populacionais nacionais que descrevem os resultados terapêuticos e compararam essas modalidades são poucos frequentes, mas podem ser muito importantes para orientar diretrizes de tratamento. Objetivo Avaliar os resultados de sobrevida dos pacientes com carcinoma epidermoide de laringe em estádios clínicos I ou II de acordo com as principais modalidades terapêuticas usadas. Método Estudo transversal de base populacional com a base de dados da Fundação Oncocentro de São Paulo de janeiro de 2000 a março de 2019. Os critérios de inclusão foram pacientes com carcinoma epidermoide de laringe em estádios clínicos cT1-2N0. Para compensar pela alocação não randômica dos pacientes e pelo desequilíbrio entre variáveis confundidoras entre os grupos, usamos a metodologia do escore de propensão. Resultados Preencheram os critérios de inclusão 3.786 pacientes. Em relação ao estádio cT, houve 2.171 pacientes (57,3%) com tumores cT1. Os pacientes do sistema único de saúde (SUS) apresentaram um maior tempo entre o diagnóstico e o tratamento (p < 0,001). A análise por escore de propensão mostrou que os pacientes submetidos a cirurgia apresentaram uma tendência de melhor sobrevida doença específica (p = 0,012). Comparando-se radioterapia isolada versus combinação com radioquimioterapia, o tratamento isolado demonstrou tendência a melhor taxa de sobrevida (p< 0,001). Conclusão A análise por escore de propensão identificou melhores resultados de sobrevida doença específica em pacientes com carcinoma epidermoide de laringe estádios clínicos I e II tratados por cirurgia quando comparados a radioterapia.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Laryngeal squamous cell carcinoma is the second most prevalent malignancy among head and neck tumors, and the treatment of patients with stage I or II disease can be performed with surgery or radiation therapy. National population studies describing therapeutic results comparing these modalities are unusual, but they can be very important to direct treatment guidelines. Objective To evaluate the survival results of patients with laryngeal squamous cell carcinoma at clinical stages I or II, according to the main therapeutic modalities used. Methods Cross-sectional, population-based study using the database of Fundação Oncocentro de São Paulo from January 2000 to March 2019. Inclusion criteria were patients with laryngeal squamous cell carcinoma in clinical stages cT1-2N0. To compensate for the non-random allocation of patients and the imbalance between confounding variables between groups, we used the propensity score methodology. Results A total of 3786 patients met the inclusion criteria. Regarding the cT stage, there were 2171 patients (57.3%) with cT1 tumors. Patients in the public health system had a longer time between diagnosis and treatment (p< 0.001). The analysis by propensity score showed that patients treated with surgery had a tendency towards better disease-specific survival (p = 0.012). Comparing radiotherapy alone versus its combination with radiochemotherapy, radiotherapy alone showed a tendency towards a better survival rate (p< 0.001). Conclusion Analysis by propensity score identified better results for disease-specific survival in patients with laryngeal squamous cell carcinoma at clinical stages I and II treated by surgery when compared to radiotherapy.
  • Uso do enxerto de mucosa nasal na timpanoplastia Artigo Original

    Coelho, Sandro Barros; Lopes, Willian da Silva; Bezerra, Gabriela de Andrade Meireles; Araújo, Davi Farias de; Meira, Adriano Sérgio Freire; Caldas Neto, Sílvio da Silva

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Técnicas de timpanoplastia com diferentes tipos de enxerto têm sido usadas para fechar perfurações timpânicas desde o século XIX. A cartilagem tragal e a fáscia temporal são os tipos de enxerto mais usados, com resultados funcionais e morfológicos semelhantes na maioria dos casos. Embora ainda com poucas evidências publicadas, a mucosa nasal tem se mostrado uma boa opção de enxerto. Objetivo Comparar os resultados cirúrgicos e audiológicos da timpanoplastia tipo I com enxerto de mucosa nasal e de fáscia temporal em seis meses de seguimento. Método Foram selecionados aleatoriamente 40 pacientes candidatos a timpanoplastia tipo I divididos nos grupos enxerto de mucosa nasal e de fáscia temporal com 20 em cada grupo. Os parâmetros avaliados incluíram sucesso cirúrgico, ou seja, a taxa de fechamento completo da perfuração timpânica, e resultados audiológicos; diferença entre o gap quadritonal médio do gap aéreo-ósseo pré e pós-operatório após seis meses da cirurgia. Resultados O fechamento completo da perfuração timpânica foi alcançado em 17 de 20 pacientes no grupo mucosa nasal, como também no grupo fáscia temporal. O ganho quadritonal médio do gap aéreo-ósseo foi de 11,9 dB no grupo mucosa nasal e 11,1 dB no grupo fáscia temporal, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos. Conclusão O enxerto de mucosa nasal pode ser considerado semelhante ao da fáscia temporal quando se considera o sucesso cirúrgico de pega do enxerto e o ganho audiológico.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Tympanoplasty techniques with different types of graft have been used to close tympanic perforations since the 19th century. Tragal cartilage and temporalis fascia are the most frequently used types of graft. They lead to similar functional and morphological results in most cases. Although little published evidence is present, nasal mucosa has also been shown to be a good alternative graft. Objective Surgical and audiological outcomes at the six-month follow-up in type I tympanoplasty using nasal mucosa and temporalis fascia grafts were analyzed. Methods A total of 40 candidates for type I tympanoplasty were randomly selected and divided into the nasal mucosa and temporalis fascia graft groups with 20 in each group. The assessed parameters included surgical success; the rate of complete closure of tympanic perforation and hearing results; the difference between post- and pre-operative mean quadritonal airway-bone gap, six months after surgery. Results Complete closure of the tympanic perforation was achieved in 17 of 20 patients in both groups. The mean quadritonal airway-bone gap closures were11.9 and 11.1 dB for the nasal mucosa and temporalis fascia groups, respectively. There was no statistically significant difference between the groups. Conclusion The nasal mucosa graft can be considered similar to the temporal fascia when considering the surgical success rate of graft acceptance and ultimate audiological gain.
  • Tendinite aguda do músculo longus colli e otorrinolaringologia Artigo Original

    Siag, Kfir; Mazzawi, Salim; Paker, Miki; Biener, Roy; Ghanayim, Rami; Lumelsky, Dmitry

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A tendinite aguda do músculo longus colli é causada pela deposição de hidroxiapatita de cálcio no tendão do músculo longus colli com subsequente inflamação. As calcificações estão comumente localizadas na porção oblíqua superior ao nível das vértebras C1-C2. A apresentação clínica típica consiste em dor cervical aguda, odinofagia e limitação dolorosa da amplitude de movimento do pescoço. Objetivos Descreveremos essa doença por meio de três casos apresentados em nossa instituição e compararemos os achados em exames de imagem. Método Revisamos retrospectivamente os dados clínicos, as características radiológicas e os relatórios laboratoriais de três pacientes com diagnóstico de tendinite aguda do músculo longus colli. A tomografia computadorizada e as radiografias simples foram revisadas e comparadas por um único radiologista. Uma revisão contemporânea da literatura foi feita nos bancos de dados PubMed (Medline), Embase e Cochrane. Resultados A tomografia computadorizada apresentou maior sensibilidade para detecção da calcificação patognomônica do que a radiografia simples e facilitou a exclusão de outras condições mais graves, seguiu uma interpretação sistemática composta por cinco elementos-chave. As radiografias simples mostraram sinais inespecíficos de edema dos tecidos moles pré-vertebrais e diminuição da curva lordótica cervical. Entretanto, nenhuma calcificação foi identificada nas radiografias simples. A revisão da literatura produziu 153 artigos com 372 casos. Procedimentos cirúrgicos ou invasivos foram mencionados em 13,7% das publicações e feitos em 28 pacientes. Conclusão A tendinite aguda do músculo longus colli pode mimetizar a apresentação clínica de condições mais graves que necessitam da avaliação do otorrinolaringologista, como doenças infecciosas, traumáticas e neoplásicas. O conhecimento dessa entidade, com seus achados de imagem patognomônica, pode evitar uma terapia clínica mal direcionada e procedimentos invasivos desnecessários.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Acute longus colli tendinitis is caused by calcium hydroxyapatite deposition in the tendon of the longus colli muscle with subsequent inflammation. The calcifications are commonly located at the superior oblique portion at the level of the C1-C2 vertebrae. The typical clinical presentation consists of acute neck pain, odynophagia, and painful limitation of neck range of motion. Objectives We will describe this disease with three that cases presented to our institution and compare the findings on imaging studies. Methods We retrospectively reviewed the clinical data, radiological features, and laboratory reports of three patients diagnosed with acute longus colli tendinitis. Computed tomography and plain radiographs were reviewed and compared by a single radiologist. A contemporary review of the literature was conducted using PubMed (Medline), Embase, and Cochrane library databases. Results Computed tomography showed greater sensitivity for the detection of the pathognomonic calcification than plain radiographs and facilitated the exclusion of other more severe conditions by following a systematic interpretation composed of five key elements. Plain radiographs showed non-specific signs of prevertebral soft tissue swelling and a decreased cervical lordotic curve. However, no calcification was identified on plain radiographs. The literature review revealed 153 articles containing 372 cases. Surgical or invasive procedures were mentioned in 13.7% of publications and were performed in 28 patients. Conclusion Acute longus colli tendinitis can mimic the clinical presentation of more severe conditions that the otolaryngologist may be required to evaluate, such as infectious, traumatic, and neoplastic diseases. Knowledge of this entity, with its pathognomonic imaging findings, can prevent misdirected medical therapy and unnecessary invasive procedures.
  • Eficácia da quimioluminescência no diagnóstico e rastreamento de câncer oral e pré-câncer: uma revisão sistemática e metanálise Artigo Original

    Kim, Do Hyun; Lee, Jaeyoon; Lee, Min Hyeong; Kim, Sung Won; Hwang, Se Hwan

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A detecção precoce de distúrbios orais potencialmente malignos é fundamental para um bom prognóstico e não está claro se o uso da quimioluminescência como método auxiliar de triagem diagnóstica melhora a eficácia do diagnóstico. Objetivo Avaliar a precisão da quimioluminescência para o diagnóstico de câncer oral e pré-câncer. Método Foram revisados 16 estudos prospectivos e retrospectivos dos bancos de dados PubMed, Cochrane, Scopus, Web of Science, Embase e Google Scholar. Os distúrbios da mucosa oral detectados por quimioluminescência foram comparados com os distúrbios da mucosa oral detectados pelo azul de toluidina ou pelo exame visual. Taxas de resultados verdadeiro-positivos, verdadeiro-negativos, falso-positivos e falso-negativos foram extraídas de cada estudo. A qualidade metodológica foi avaliada com a ferramenta Quality Assessment of Diagnostic Accuracy Studies-versão 2 (QUADAS-2). Resultados Sensibilidade, especificidade, valor preditivo negativo e odds ratio diagnóstico do uso do azul de toluidina foram 0,832 (intervalo de confiança de 95%: 0,692-0,917), 0,429 (IC95%: 0,217-0,672), 0,747 (IC95%: 0,607-0,849) e 4,061 (intervalo de confiança 95%: 1,528-10,796; I2 = 9,128%), respectivamente. A área sob a curva SROC, do inglês summary receiver operating characteristic, foi de 0,743. Comparada ao azul de toluidina, como usado em 12 estudos, a quimioluminescência apresentou uma sensibilidade mais alta (0,831 vs. 0,694) e especificidade (0,415 vs. 0,734), valor preditivo negativo (0,674 vs. 0,729) e odds ratio diagnóstico (3,889 vs. 7,705) mais baixos. Comparado com o exame clínico, como usado em três estudos, a quimioluminescência apresentou menor odds ratio diagnóstico (4.576 vs. 5.499) e área sob a curva (0,818 vs. 0,91). Conclusão Embora a quimioluminescência em si tenha boa sensibilidade para o diagnóstico de câncer oral e pré-câncer, sua precisão diagnóstica é comparável ou pior do que o azul de toluidina e o exame clínico. A precisão do diagnóstico foi, portanto, insuficiente para o uso isolado confiável da quimioluminescência.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Early detection of potentially malignant oral cavity disorders is critical for a good prognosis, and it is unclear whether the use of chemiluminescence as an adjunctive diagnostic screening method improves diagnostic accuracy. Objective This systematic review and meta-analysis was performed to assess the accuracy of chemiluminescence for diagnosis of oral cancer and precancerous lesions. Methods Sixteen prospective and retrospective studies from PubMed, Cochrane database, SCOPUS, Web of Science, Embase, and Google Scholar were reviewed. Oral mucosal disorder, as detected by chemiluminescence, was compared with oral mucosal disorder detected by toluidine blue or visual examination. True-positive, true-negative, false-positive, and false-negative rates were extracted for each study. Methodological quality was evaluated using the Quality Assessment of Diagnostic Accuracy Studies tool (ver. 2). Results Sensitivity, specificity, negative predictive value, and diagnostic odds ratio (DOR) of the use of toluidine blue were 0.832 (95% confidence interval [CI] 0.692-0.917), 0.429 (95% CI 0.217-0.672), 0.747 (95% CI 0.607-0.849), and 4.061 (95% CI 1.528-10.796; I2 = 9.128%), respectively. The area under the summary receiver operating characteristic (SROC) curve was 0.743. Compared with toluidine blue, as used in 12 studies, chemiluminescence had a higher sensitivity (0.831 vs. 0.694); it had a lower specificity (0.415 vs. 0.734), negative predictive value (0.674 vs. 0.729), and DOR (3.891 vs. 7.705). Compared with clinical examination, as used in three studies, chemiluminescence had lower DOR (4.576 vs. 5.499) and area under the curve (0.818 vs. 0.91). Conclusion Although chemiluminescence itself has good sensitivity for diagnostic work-up of oral cancer and precancer, the diagnostic accuracy of chemiluminescence is comparable to or worse than toluidine blue and clinical examination. Diagnostic accuracy was therefore insufficient for reliable use of chemiluminescence alone.
  • Fatores prognósticos e sobrevida global em um seguimento de 15 anos de pacientes com tumores malignos da glândula salivar: uma análise retrospectiva de 193 pacientes Artigo Original

    Oliveira Filho, Osias Vieira de; Rêgo, Talita Jordânia Rocha do; Mendes, Felipe Herbert de Oliveira; Dantas, Thinali Sousa; Cunha, Maria do Perpétuo Socorro Saldanha; Malta, Cássia Emanuella Nóbrega; Silva, Paulo Goberlânio de Barros; Sousa, Fabrício Bitu

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Os tumores malignos das glândulas salivares são entidades patológicas incomuns, representam menos de 5% das neoplasias de cabeça e pescoço. O prognóstico dos pacientes com tumores malignos das glândulas salivares é altamente variável e alguns fatores clínicos podem influenciar significativamente a sobrevida global. Objetivo Analisar as características clinicopatológicas e sociodemográficas que influenciam a sobrevida em pacientes com tumores malignos das glândulas salivares. Método Este estudo retrospectivo analisou sexo, idade, etnia, nível de escolaridade, localização do tumor, tamanho do tumor, envolvimento linfonodal, metástase distante, margens, tipo de tratamento, estado civil, método de acesso à assistência médica e sobrevida global em 15 anos de 193 pacientes com tumores malignos das glândulas salivares. Foram usados os testes X2, log-rank Mantel-Cox, regressão multinomial e regressão logística de Cox (SPSS 20.0, p < 0,05). Resultados Os tipos histológicos mais comuns foram adenocarcinoma (32,1%), carcinoma adenoide cístico (31,1%) e carcinoma mucoepidermoide (18,7%). A taxa de sobrevida global em 15 anos foi de 67,4%, com média de 116 ± 6 meses. A análise univariada revelou que sexo masculino (p = 0,026), idade > 50 anos (p = 0,001), origem de referência do sistema público de saúde (p = 0,011), estádio T (p = 0,007), estádio M (p < 0,001)), estágio clínico (p < 0,001), margens cirúrgicas comprometidas (p = 0,013) e quimioterapia (p < 0,001) foram associados a um prognóstico ruim. As análises multivariadas também mostraram que a idade > 50 anos foi associada independentemente a um prognóstico ruim (p = 0,016). O nível de escolaridade foi o único fator mais prevalente em pacientes idosos (p = 0,011). Conclusão Pacientes com tumores malignos das glândulas salivares acima de 50 anos apresentam pior prognóstico e associação independente com baixo nível de escolaridade.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Malignant tumors of the salivary glands are uncommon pathological entities, representing less than 5% of head and neck neoplasms. The prognosis of patients with malignant tumors of the salivary glands is highly variable and certain clinical factors can significantly influence overall survival. Objective To analyze the clinicopathologic and sociodemographic characteristics that influence survival in patients with malignant tumors of the salivary glands Methods This retrospective study analyzed sex, age, race, education level, tumor location, tumor size, lymph node involvement, distant metastasis, margin status, treatment type, marital status, method of health care access and 15-year overall survival in 193 patients with malignant tumors of the salivary glands. The X², log-rank Mantel-Cox, multinomial regression and Cox logistic regression tests were used (SPSS 20.0,p < 0.05). Results The most common histological types were adenocarcinoma (32.1%), adenoid cystic carcinoma (31.1%) and mucoepidermoid carcinoma (18.7%). The 15-year overall survival rate was 67.4%, with a mean of 116 ± 6 months. The univariate analysis revealed that male sex (p = 0.026), age > 50 years (p = 0.001), referral origin from the public health system (p = 0.011), T stage (p = 0.007), M stage (p < 0.001), clinical stage (p < 0.001), compromised surgical margins (p = 0.013), and chemotherapy (p < 0.001) were associated with a poor prognosis. Multivariate analyses also showed that age > 50 years was independently associated with a poor prognosis (p = 0.016). The level of education was the only factor more prevalent in older patients (p = 0.011). Conclusion Patients with malignant tumors of the salivary glands older than 50 years have a worse prognosis and an independent association with a low education level.
  • Análise de fatores prognósticos para o câncer glótico inicial Tis-2N0M0 com diferentes métodos de tratamento Artigo Original

    Wang, Guanyu; Li, Guodong; Wu, Jianjun; Song, Penghui

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Em muitas regiões, o carcinoma de laringe é um câncer comum do trato respiratório superior e geralmente envolve a região glótica. O tratamento do câncer glótico inicial inclui radioterapia, cirurgia aberta e microcirurgia a laser de laringe. Entretanto, a forma preferencial de tratamento do câncer glótico inicial ainda é controverso. Objetivos Estudar os fatores que afetam a taxa de sobrevida em 5 anos do câncer glótico inicial Tis-2N0M0 e demonstrar a segurança oncológica de diferentes tratamentos. Método Um total de 144 pacientes com câncer glótico inicial foram analisados retrospectivamente. Todos os pacientes eram clinicamente negativos para linfonodos. Cinquenta e três pacientes foram submetidos à cirurgia aberta, 46 à microcirurgia transoral a laser de CO2, e radioterapia em 45 casos. Os pacientes foram acompanhados por 26 a 84 meses, com um período médio de seguimento de 62,9 meses. Resultados A sobrevida global em 5 anos foi de 82,6%. As taxas de sobrevida em cinco anos da cirurgia aberta, microcirurgia a laser e radioterapia foram de 83,0%, 82,6% e 82,2%, respectivamente. Não houve diferença significante na taxa de sobrevida em cinco anos entre os três tratamentos (p = 0,987). Na análise multivariada, idade, estágio T, classificação histopatológica e envolvimento da comissura anterior foram fatores prognósticos importantes para o câncer glótico inicial. Conclusão Não houve diferença significante na taxa de sobrevida em 5 anos entre radioterapia, microcirurgia a laser e cirurgia aberta para câncer glótico inicial. Deve-se estar atento à idade, estágio T, histopatológico e envolvimento da comissura anterior dos pacientes.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction In many regions, laryngeal carcinoma is a common upper respiratory tract cancer, most commonly involving the glottic region. The treatment of early glottic cancer includes radiotherapy, open surgery and laryngeal laser microsurgery. However, the preferred treatment for early glottic cancer is still controversial. Objectives To study the factors affecting the 5-year survival rate of Tis-2N0M0 early glottis cancer and to demonstrate the oncological safety of different treatments. Methods 144 patients with early glottic cancer were analyzed retrospectively. All patients were clinically node negative. 53 patients underwent open surgery, transoral CO2 laser microsurgery in 46 cases and radiotherapy in 45 cases. The patients were followed up for 26 − 84 months, with an average follow-up period of 62.9 months. Results The 5-year overall survival was 82.6%. The 5 year survival rates of open surgery, laser microsurgery and radiotherapy were 83.0%, 82.6% and 82.2%, respectively. There was no significant difference in 5-year survival rate among the three treatments (p= 0.987). In multivariate analysis, age, T-stage, pathological grading, and anterior commissure involvement were important prognostic factors for early glottic cancer. Conclusion There was no significant difference in 5 year survival rate among patients treated by either radiotherapy, laser microsurgery or open surgery for early glottic cancer. We urge more attention to the age, T-stage, pathological grade, and anterior commissure involvement of the patients.
  • Tortuosidade da artéria basilar como fator preditivo da eficácia da terapia adjuvante com heparina na perda auditiva neurossensorial súbita idiopática unilateral Artigo Original

    Sunwoo, Woongsang

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A isquemia coclear é considerada uma das principais etiologias da perda auditiva neurossensorial súbita idiopática. Portanto, espera-se que as terapias anticoagulantes sejam benéficas em certos pacientes com esse diagnóstico. Objetivo Determinar quais pacientes com perda auditiva neurossensorial súbita idiopática se beneficiariam do tratamento com heparina como terapia adjuvante. Método Foram incluídos neste estudo retrospectivo 134 pacientes submetidos à ressonância magnética por perda auditiva neurossensorial súbita idiopática unilateral em um hospital de referência terciário entre janeiro de 2014 e dezembro de 2018. Todos os pacientes receberam injeções intratimpânicas de corticosteroides ou terapia com heparina juntamente com corticosteroides orais. Os parâmetros radiológicos do sistema vertebro-basilar e os dados clínicos das avaliações pré e pós-tratamento foram analisados. Resultados A maioria dos pacientes (71,6%) apresentava uma artéria basilar tortuosa. Os 65 pacientes com perda auditiva neurossensorial súbita idiopática grave a profunda mostraram uma relação significativa entre a lateralidade da perda auditiva e o deslocamento da artéria basilar para o lado oposto (p = 0,036), enquanto os 69 pacientes com perda auditiva neurossensorial súbita idiopática leve a moderada não apresentaram esse deslocamento (p = 0,950). Além disso, o grau de tortuosidade da artéria basilar foi significativamente associado ao grau de deficiência auditiva no grupo com perda auditiva neurossensorial súbita idiopática grave a profunda (p = 0,015). Quando a perda auditiva neurossensorial súbita idiopática ocorreu no lado oposto ao deslocamento da artéria basilar, a melhoria da audição foi significativamente maior nos pacientes tratados com heparina do que naqueles tratados com injeções intratimpânicas de corticosteroide (p = 0,041). Conclusão Em um subgrupo de pacientes com perda auditiva neurossensorial súbita idiopática grave a profunda, a tortuosidade da artéria basilar mostrou uma relação direcional significativa com a lateralidade da perda auditiva. Nesses pacientes selecionados, foi observado um efeito significante da terapia com heparina na melhoria da audição.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Cochlear ischemia is hypothesized as one of the major etiologies of idiopathic sudden sensorineural hearing loss. Therefore, anticoagulant therapies are designed to be beneficial in certain patients with this condition. Objective This study aimed to determine which patients with idiopathic sudden sensorineural hearing loss would benefit from heparin treatment as adjuvant therapy. Methods In total, 134 patients who underwent magnetic resonance imaging for unilateral idiopathic sudden sensorineural hearing loss at a tertiary referral hospital between January 2014 and December 2018 were included in this retrospective study. All patients received Intratympanic steroid injections or heparin therapy plus oral corticosteroids. Radiological parameters of the vertebrobasilar system and clinical data from pre- and post-treatment assessments were analyzed. Results Most patients (71.6%) had a tortuous basilar artery The 65 patients with severe-to-profound idiopathic sudden sensorineural hearing loss showed a significant relationship between idiopathic sudden sensorineural hearing loss laterality and basilar artery displacement to the opposite side (p= 0.036), while the 69 patients with mild-to-moderate idiopathic sudden sensorineural hearing loss did not (p= 0.950). Additionally, the degree of basilar artery tortuosity was significantly associated with the degree of hearing impairment in the severe-to-profound idiopathic sudden sensorineural hearing loss group (p= 0.015). When idiopathic sudden sensorineural hearing loss occurred on the opposite side to basilar artery displacement, the improvement of hearing was significantly greater in patients treated with heparin than in those treated with intratympanic steroids (p= 0.041). Conclusion In a subset of patients with severe-to-profound idiopathic sudden sensorineural hearing loss, basilar artery tortuosity had a significant directional relationship with idiopathic sudden sensorineural hearing loss laterality. In these selected patients, a significant effect of heparin therapy on improving hearing was observed.
  • O tamanho do nervo coclear afeta o desempenho auditivo pós-operatório em pacientes pediátricos com implante coclear e nervos cocleares normais? Artigo Original

    Gozen, Emine Deniz; Yener, H. Murat; Kara, Halide; Atas, Ahmet; Kizilkilic, Osman; Cansiz, Harun

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução O implante coclear é um método de tratamento eficaz para a perda auditiva grave a profunda. Muitos fatores que podem influenciar o sucesso do implante coclear foram explicados em estudos anteriores. Além desses fatores, pequenas diferenças no tamanho dos nervos cocleares normais podem afetar o desempenho pós-operatório. Objetivo Investigar se pequenas diferenças no tamanho dos nervos cocleares normais afetam o desempenho pós-operatório do implante coclear. Método Foram incluídos neste estudo 30 pacientes pediátricos surdos pré-linguais, tratados com implante coclear. A partir de imagens de ressonância magnética parassagitais reconstruídas, foram medidos o diâmetro e a área de seção transversal do nervo coclear no lado ipsilateral e contralateral. As avaliações auditivas foram feitas 1, 3, 6 e 12 meses após a primeira adaptação. Todas as análises foram feitas com a ferramenta EARS® (do inglês evaluation of auditory responses to speech). A correlação entre o diâmetro do nervo coclear, a área transversal e a percepção auditiva pós-operatória foi analisada para determinar se a variação no tamanho do nervo coclear contribui para o desempenho auditivo pós-operatório. Resultados O diâmetro médio do nervo coclear no lado ipsilateral foi de 718,4 μm (504,5 a 904,3 μm) e a área da seção transversal média foi de 0,015 cm2 (0,012-0,018 cm2). No lado contralateral, o diâmetro médio do nervo coclear foi de 714,4 μm (502,6 a 951,4 μm) e a área da seção transversal média foi de 0,014 cm2 (0,011 a 0,019 cm2). A correlação entre o diâmetro e a área transversal do nervo coclear ipsilateral e contralateral não revelou qualquer significância. O escore médio do teste monosyllable-trochee-polysyllable no primeiro mês, denominado MTP1, foi de 0,17 (0,08-0,33), no sexto mês com teste de 6 palavras, MTP6, foi de 0,72 (0,39-1,0), no sexto mês com 12 palavras, MTP12, foi de 0,46 (0,17-0,75) e no 12° mês com 12 palavras, MTP12, foi de 0,73 (0,25-1,0). Não houve correlação entre os valores do teste monosyllable-trochee-polysyllable em qualquer momento com o diâmetro do nervo coclear ipsilateral. Entretanto, o teste monosyllable-trochee-polysyllable do primeiro mês, do 6° mês, e o do 12° mês correlacionaram-se com a área transversal do nervo coclear ipsilateral. Conclusão Medir a área da secção transversal do nervo coclear de aparência normal pode fornecer conhecimento prognóstico importante sobre os resultados do implante coclear. Em pacientes com área da secção transversal maior, o desempenho auditivo foi melhor e mais rápido. Embora o nervo coclear pareça normal, pequenas diferenças na área da secção transversal do nervo coclear podem afetar o desempenho, de forma que a medida do tamanho do nervo coclear nas imagens de ressonância magnética na projeção parassagital pode fornecer informações benéficas sobre o processo de reabilitação pós-operatória.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Cochlear implantation is an effective treatment method for severe to profound hearing loss. Many factors that may influence cochlear implantation success have been explained in previous studies. Apart from those, minor differences in size of normal cochlear nerves may affect postoperative performance. Objective To investigate whether the minor differences in cochlear nerve size in normal cochlear nerves affect postoperative cochlear implant performance. Methods 30 pediatric prelingually deaf patients who were treated with cochlear implantation were included in this study. From the reconstructed parasagittal magnetic resonance images, the diameter and cross-sectional area of the cochlear nerve on the ipsilateral and contralateral side were measured. Auditory evaluations were performed 1, 3, 6 and 12 months following the first fitting. All the analysis was performed by using EARS®, evaluation of auditory responses to speech tool. Correlation between cochlear nerve diameter, cross-sectional area and postoperative auditory perception was analyzed to determine whether variation in cochlear nerve size contributes to postoperative auditory performance. Results The mean diameter of the cochlear nerve on the ipsilateral side was 718.4 μm (504.5 − 904.3 μm) and mean cross sectional area was 0.015 cm2 (0.012 − 0.018 cm2). On the contralateral side the mean cochlear nerve diameter was 714.4 μm (502.6 − 951.4 μm) and mean cross sectional area was 0.014 cm2 (0.011 − 0.019 cm2). The correlation between the diameter and cross-sectional area of the ipsilateral and contralateral cochlear nerve revealed no significance. Mean score at first month monosyllable-trochee-polysyllable test, MTP1, was 0.17 (0.08 − 0.33), at 6th month with 6 words test, 6th month MTP6 was 0.72 (0.39 − 1.0), at 6th month with 12 words, 6th month MTP 12 was 0.46 (0.17 − 0.75) and at 12th month with 12 words, 12th month MTP12 was 0.73 (0.25 − 1.0). There was no correlation between the monosyllable-trochee-polysyllable test, values at any time with the diameter of the ipsilateral cochlear nerve. However, the first month MTP, 6th month MTP6 and 12th month MTP12 correlated with the cross-sectional area of the ipsilateral cochlear nerve. Conclusion Measuring the cross sectional area of the normal- appearing cochlear nerve may give important prognostic knowledge on cochlear implant outcomes. In patients with a larger cross sectional area the auditory performance was better and faster. Although normal appearing, slight differences on cross sectional area of the cochlear nerve may affect performance. Measuring the size of the cochlear nerve on parasagittal magnetic resonance images may provide beneficial information on the postoperative rehabilitation process.
  • Dimensões internas nasais reduzidas constituem fator de risco para síndrome da apneia obstrutiva do sono? Artigo Original

    Trindade, Sergio Henrique Kiemle; Trindade, Inge Elly Kiemle; Silva, Andressa Sharllene Carneiro da; Araújo, Bruna Mara Adorno Marmontel; Trindade-Suedam, Ivy Kiemle; Sampaio-Teixeira, Ana Claudia Martins; Weber, Silke Anna Theresa

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A síndrome da apneia obstrutiva do sono é uma desordem de elevada prevalência na população. Estudos constataram possível associação entre obstrução nasal e síndrome da apneia obstrutiva do sono, porém a existência de uma relação entre a intensidade da obstrução nasal e a gravidade da síndrome da apneia obstrutiva do sono ainda não foi comprovada. Objetivo Avaliar as dimensões internas nasais de adultos com ronco primário e síndrome da apneia obstrutiva do sono por meio de rinometria acústica e correlacionar os achados com a gravidade da síndrome da apneia obstrutiva do sono. Método Foram avaliados 21 indivíduos com queixas de ronco e/ou pausas respiratórias durante o sono, gênero masculino, entre 18 e 60 anos, brancos. Após avaliação clínica, exame físico otorrinolaringológico e nasofaringolaringoscopia flexível, todos foram submetidos à polissonografia tipo III. Os participantes foram divididos em dois grupos de acordo com a gravidade dos sintomas: grupo 1, ronco primário e/ou síndrome da apneia obstrutiva do sono leve (n = 9) e grupo 2, síndrome da apneia obstrutiva do sono moderada/grave (n = 12). Dimensões internas nasais foram aferidas por rinometria acústica, foram consideradas para análise as áreas de secção transversa mínima e os volumes de três diferentes segmentos nasais. Resultados O índice de eventos respiratórios correspondeu a 8,1 ± 4,0 no grupo 1 e 47,5 ± 19,1 no grupo 2. No grupo 1, os valores de área de secção transversa, em cm2, corresponderam a: área de secção transversa 1 = 1,1 ± 0,4; área de secção transversa 2 = 2,1 ± 0,9; área de secção transversa 3 = 3,5 ± 1,8. No grupo 2: área de secção transversa 1 = 1,2 ± 0,3, área de secção transversa 2 = 2,0 ± 0,5; áre de secção transversa 3 = 2,8 ± 0,7. No grupo 1 os valores do volume, em cm3, corresponderam a: volume 1 = 3,5 ± 1,0; volume 2 = 9,3 ± 5,0; volume 3 = 40,2 ± 21,5 e no grupo 2 a: volume 1 = 3,6 ± 0,5; V2 = 7,6 ± 1,5; volume 3 = 31,5 ± 6,7. Os valores de área de secção transversa e volume não diferiram entre os grupos. Conclusão Não foram demonstradas diferenças significantes quanto às áreas seccionais transversas e os volumes nasais entre indivíduos com ronco primário e síndrome da apneia obstrutiva do sono leve e síndrome da apneia obstrutiva do sono moderada-grave. Contrariamente à hipótese levantada, os resultados sugerem não existir relação entre as dimensões internas nasais e o nível de gravidade da síndrome da apneia obstrutiva do sono.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Obstructive sleep apnea syndrome is a high-prevalence disorder found in the population. Studies have shown a possible association between nasal obstruction and obstructive sleep apnea syndrome, but the existence of a association between the degree of nasal obstruction and obstructive sleep apnea syndrome severity has not yet been proven. Objective To evaluate the internal nasal dimensions of adults with primary snoring and obstructive sleep apnea syndrome by acoustic rhinometry and to correlate the findings with obstructive sleep apnea severity. Methods Twenty-one male Caucasian subjects with complaints of snoring and/or respiratory pauses during sleep, aged between 18 and 60 years of age, were evaluated. After clinical evaluation, otorhinolaryngological examination and flexible nasopharyngolaryngoscopy, all patients underwent type III polysomnography. The participants were divided into two groups according to symptom severity: group 1, primary snoring and/or mild obstructive sleep apnea syndrome(n = 9) and group 2, moderate/severe obstructive sleep apnea syndrome (n = 12). Internal nasal dimensions were measured by acoustic rhinometry, analyzing minimum cross sectional area (CSA) and three nasal segment volumes. Results The respiratory event index corresponded to 8.1 ± 4.0 in group 1 and 47.5 ± 19.1 in group 2. In group 1, the cross-sectional areas values, in cm2, corresponded to: CSA 1 = 1.1 ± 0.4; CSA 2 = 2.1 ± 0.9; CSA 3 = 3.5 ± 1.8 and, in group 2: CSA 1 = 1.2 ± 0.3, CSA 2 = 2.0 ± 0.5; CSA 3 = 2.8 ± 0.7. In group 1, volumes (V), in cm3, corresponded to: V1 = 3.5 ± 1.0; V2 = 9.3 ± 5.0; V3 = 40.2 ± 21.5 and in group 2 a: V1 = 3.6 ± 0.5; V2 = 7.6 ± 1.5; V3 = 31.5 ± 6.7. Cross-sectional area and volume ​​did not differ between groups. Conclusion There were no significant differences in the cross-sectional areas and nasal volumes between individuals with primary snoring-mild obstructive sleep apnea syndrome and moderate-severe obstructive sleep apnea syndrome. Differently to the raised hypothesis, our results suggest that there is no association between internal nasal dimensions and severity of obstructive sleep apnea syndrome.
  • Complicações da reconstrução do dorso nasal com enxerto autólogo ou aloplástico: evidências de uma revisão sistemática e metanálise Artigo Original

    Hudise, Jibril Y.; Aldhabaan, Saud A.; Aldosari, Badi F.

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A feitura de uma rinoplastia de aumento depende principalmente das partes ósseas e cartilaginosas intactas. Muitos estudos usaram enxertos de diferentes materiais para a feitura da cirurgia e como apoio da estrutura nasal. Ainda existem controvérsias em estudos prévios sobre quais tipos de enxertos, se materiais aloplásticos ou autogênicos, seriam os mais adequados. Os enxertos aloplásticos comuns incluem silicone, medpor e gore-tex. Os enxertos autogênicos são geralmente derivados de cartilagens costais. Deformações, infecção e cicatrizes hipertróficas são as principais complicações do procedimento. No entanto, nenhuma análise de subgrupo foi feita para investigar o efeito de diferentes fatores de risco. Objetivo Investigar o efeito de diferentes tipos de enxertos e o nível de renda do país nas complicações cirúrgicas Método Uma pesquisa abrangente de artigos na literatura foi feita nas bases de dados PubMed, Cochrane Library, Web of Science e SCOPUS até outubro de 2019. Foram incluídos artigos que usaram enxertos autólogos ou aloplásticos em cirurgias de reconstrução do dorso nasal. Foi feita uma análise de subgrupos de acordo com o tipo de enxerto usado, região e nível de renda do país. Um modelo de análise de metarregressão foi feito de 1999 a 2018, para estudar a incidência dessas complicações ao longo do tempo. Resultados A taxa global de complicações foi de 7,1%, a qual foi maior no grupo aloplástico (7,8%) do que no grupo autogênico (6,9%). As complicações mais comuns foram cirurgia secundária para recorreção (4,1%), infecção (2,1%), deformidade (1,6%) e cicatrizes hipertróficas (1,6%). Todos os resultados foram homogêneos (I2 < 50%). Conclusão Os pacientes com enxertos autogênicos são menos propensos a desenvolver complicações, em comparação com seus pares com enxertos aloplásticos. Além disso, pacientes asiáticos são menos suscetíveis a complicações gerais da rinoplastia. Merece atenção o fato de que em países de baixa renda as complicações cirúrgicas são mais propensas a ocorrer.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Augmentation rhinoplasty depends mainly on intact stable bony and cartilaginous parts. Many trials have used different materials as a graft to perform the operation and support the nose. Debate exists whether alloplastic or autogenic grafts are more appropriate. Common available alloplastic grafts include silicone, medpor, and gore-tex. Autogenic grafts are usually derived from costal cartilages. Warping, infection, and hypertrophic scars are the main complications of the procedure. Yet no subgroup analysis has been performed to investigate the effect of different risk factors. Objective To investigate the effect of different types of grafts and the association of the income level of the country on surgery complications. Methods A comprehensive literature search of articles was conducted in PubMed, Cochrane Library, Web of Science, and SCOPUS databases through October 2019. We included articles that used autologous or alloplastic grafts in nasal dorsum reconstruction surgery. We performed subgroup analysis according to the type of graft used, region, and income level of the country. A meta-regression analysis model was carried out from the period of 1999-2018, to study the incidence of these complications over time. Results The overall complication rate was 7.1%, which was higher in the alloplastic group (7.8%) than the autogenic group (6.9%). The most common complications were secondary surgery for re-correction (4.1%), infection (2.1%), warping (1.6%), and hypertrophic scars (1.6%). All outcomes were homogeneous (I2 < 50%). Conclusion Patients with autogenic grafts are less liable to develop complications than their peers reconstructed with alloplastic grafts. Moreover, Asian patients are less susceptible to overall rhinoplasty complications. Attention should be noted for low-income countries in which surgical complications are more prone to occur.
  • Terapia adjuvante de betaistina para o tratamento de indivíduos com vertigem posicional paroxística benigna posterior: um ensaio clínico randomizado Artigo Original

    Sayin, Ibrahim; Koç, Recep Haydar; Temirbekov, Dastan; Gunes, Selcuk; Cirak, Musa; Yazici, Zahide Mine

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A vertigem posicional paroxística benigna é um distúrbio vestibular comum, responsável por um quinto das internações hospitalares por vertigem, embora seja comumente não diagnosticada. Objetivo Avaliar os efeitos da terapia adjuvante com betaistina no tratamento de indivíduos com vertigem posicional paroxística benigna posterior. Método Este estudo randomizado controlado foi feito em uma população de 100 indivíduos com vertigem posicional paroxística benigna posterior. Os indivíduos foram divididos nos grupos: manobra de Epley + betaistina (grupo A) e manobra de Epley apenas (grupo B). Os indivíduos foram avaliados antes e uma semana após a manobra por meio da escala visual analógica EVA e do questionário dizziness handicap inventory. Resultados Cem indivíduos completaram o protocolo do estudo. A manobra de Epley demonstrou uma taxa de sucesso global de 95% (96% no grupo A; 94% no grupo B, p = 0,024). Os grupos A e B tiveram escores basais semelhantes na EVA (6,98 ± 2,133 e 6,27 ± 2,148, respectivamente, p = 0,100). Após o tratamento, o escore na EVA foi significantemente menor em ambos os grupos e foi menor no grupo A do que no grupo B (0,74 ± 0,853 vs. 1,92 ± 1,288, respectivamente, p = 0,000). A mudança no escore da EVA após o tratamento em comparação com a linha basal também foi significativamente maior no grupo A do que no grupo B (6,24 ± 2,01 vs. 4,34 ± 2,32, respectivamente, p = 0,000). Os valores basais no dizziness handicap inventory também foram semelhantes nos grupos A e B (55,60 ± 22,732 vs. 45,59 ± 17,049, respectivamente, p = 0,028). Após o tratamento, eles foram significantemente menores em ambos os grupos. A mudança no escore após o tratamento em comparação com a linha basal também foi significantemente maior no grupo A do que no grupo B (52,44 ± 21,42 vs. 35,71 ± 13,51, respectivamente, p = 0,000). Conclusão A manobra de Epley é eficaz no tratamento da vertigem posicional paroxística benigna. O tratamento complementar com betaistina na vertigem posicional paroxística benigna posterior resultou em melhoria tanto no escore da EVA quanto no do dizziness handicap inventory.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Benign paroxysmal positional vertigo is a common vestibular disorder that accounts for one fifth of hospital admissions due to vertigo, although it is commonly undiagnosed. Objective To evaluate the effects of betahistine add-on therapy in the treatment of subjects with posterior benign paroxysmal positional vertigo. Methods This randomized controlled study was conducted in a population of 100 subjects with posterior benign paroxysmal positional vertigo. Subjects were divided into the Epley maneuver + betahistine group (group A) and Epley maneuver only (group B) group. Subjects were evaluated before and 1-week after the maneuver using a visual analog scale and dizziness handicap inventory Results One hundred subjects completed the study protocol. The Epley maneuver had an overall success rate of 95% (96% in group A; 94% in group B, p= 0.024). Groups A and B had similar baseline visual analog scale scores (6.98 ± 2.133 and 6.27 ± 2.148, respectively, p= 0.100). After treatment, the visual analog scale score was significantly lower in both groups, and was significantly lower in group A than group B (0.74 ± 0.853 vs. 1.92 ± 1.288, respectively, p= 0.000). The change in visual analog scale score after treatment compared to baseline was also significantly greater in group A than group B (6.24 ± 2.01 vs. 4.34 ± 2.32, respectively, p= 0.000). The baseline dizziness handicap inventory values were also similar in groups A and B (55.60 ± 22.732 vs. 45.59 ± 17.049, respectively, p= 0.028). After treatment, they were significantly lower in both groups. The change in score after treatment compared to baseline was also significantly greater in group A than group B (52.44 ± 21.42 vs. 35.71 ± 13.51, respectively, p= 0.000). Conclusion The Epley maneuver is effective for treatment of benign paroxysmal positional vertigo. Betahistine add-on treatment in posterior benign paroxysmal positional vertigo resulted in improvements in both visual analog scale score and dizziness handicap inventory.
  • Dose única de morfina endovenosa intraoperatória para analgesia de crianças submetidas à amigdalectomia: ensaio clínico randomizado duplo cego Artigo Original

    Araújo, Marcus Cavalcante de Oliveira; Caixeta, Juliana Alves de Sousa; Vilarinho, Breno Fernandes; Avelino, Melissa Ameloti Gomes

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Crianças submetidas a amigdalectomias apresentam dor intensa no pós-operatório. Uma das opções farmacológicas de analgesia são os opioides, como a morfina. No entanto, os riscos de efeitos adversos, como aumento do tempo de recuperação da anestesia e depressão respiratória, podem limitar o seu uso. Objetivos Avaliar o uso de morfina endovenosa intraoperatória na redução da dor pós-operatória imediata de crianças submetidas a amigdalectomia. Método Neste estudo cego randomizado, crianças de 3 a 10 anos foram submetidas a amigdalectomia, com ou sem adenoidectomia, e divididas em dois grupos. As crianças do grupo M receberam 0,1 mg.kg-1 de morfina endovenosa na indução anestésica, enquanto as do grupo controle receberam anestesia convencional sem morfina. As percepções de dor no pós-operatório foram avaliadas aos 30, 60, 120, 180 e 240 min após a recuperação da anestesia, pelas próprias crianças e também pelos seus pais ou responsáveis, com uma escala de dor pela face. Resultados Foram incluídas 57 crianças, 30 no grupo com morfina e 27 no grupo sem morfina. De acordo com as próprias crianças, a dor pós-operatória foi menor durante as avaliações feitas aos 30 minutos após o despertar da anestesia (p = 0,023), enquanto segundo seus pais/responsáveis a dor foi menos intensa nas avaliações feitas aos 30 (p = 0,002), 60 (p = 0,006) e 180 minutos (p = 0,007) após o despertar. Além disto, analgésicos no pós-operatório foram menos solicitados pelas crianças do grupo da morfina. Não foram observados efeitos colaterais associados ao uso da morfina. Conclusão Uma dose única de morfina endovenosa durante a indução anestésica reduziu a intensidade da dor pós-operatória imediata de crianças submetidas a amigdalectomia, sem aumento do tempo de despertar da anestesia e com menor consumo de analgésicos de resgate.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Children undergoing tonsillectomy have severe pain in the postoperative period. One of the pharmacological options for analgesia is opioids, such as morphine. However, the risks of adverse effects, such as increased recovery time from anesthesia and respiratory depression, can limit its use. Objectives To evaluate the use of intraoperative intravenous morphine to reduce immediate postoperative pain in children undergoing tonsillectomy. Methods In this double-blind randomized study, children aged 3-10 years were submitted to tonsillectomy, with or without adenoidectomy, and divided into two groups. Children in group M received 0.1 mg/kg of intravenous morphine during anesthetic induction, while those in the control group received conventional anesthesia without morphine. Postoperative pain perceptions were assessed at 30, 60, 120, 180 and 240 min after recovery from anesthesia, by the children themselves and also by their parents or guardians, using a facial pain scale. Results A total of 57 children were included, 30 in the group with morphine and 27 in the group without morphine. According to the children themselves, the postoperative pain was less at the evaluations performed at 30 min after awakening from anesthesia (p= 0.023), while according to their parents/guardians, the pain was less intense in the evaluations performed at 30 (p= 0.002), 60 (p= 0.006) and 180 min (p= 0.007) after awakening. Moreover, postoperative analgesics were less requested by children in the morphine group. No observed side effects were associated with the use of morphine. Conclusion A single dose of intravenous morphine during anesthetic induction reduced the intensity of immediate postoperative pain in children undergoing tonsillectomy, without increasing the time of awakening from anesthesia and with lower consumption of rescue analgesics.
  • Impacto da biópsia do linfonodo sentinela na qualidade de vida em pacientes com carcinoma espinocelular da cavidade oral Artigo Original

    Seferin, Marco Roberto; Pinto, Fábio Roberto; Leite, Ana Kober Nogueira; Dedivitis, Rogerio Aparecido; Kulcsar, Marco Aurélio Vamondes; Cernea, Claudio Roberto; Matos, Leandro Luongo de

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A biópsia de linfonodo sentinela é um método comprovado para estadiamento cervical em pacientes com carcinoma espinocelular inicial da cavidade oral, porque apresenta menor taxa de morbidade do que o método tradicional de esvaziamento cervical seletivo, com os mesmos resultados oncológicos. Porém, o verdadeiro efeito desse método na qualidade de vida desses pacientes permanece desconhecido. Objetivo Avaliar a qualidade de vida de pacientes com carcinoma espinocelular de cavidade oral T1/T2N0 submetidos a biópsia do linfonodo sentinela em comparação aos pacientes nos quais o esvaziamento cervical seletivo foi feito. Método Estudo transversal que incluiu 24 pacientes, após 36 meses de seguimento, dos quais 15 foram submetidos a biópsia do linfonodo sentinela e nove a esvaziamento cervical seletivo. Todos os pacientes responderam ao questionário de qualidade de vida da University of Washington. Resultados A avaliação dos questionários evidenciou pioria tardia dos domínios aparência (p = 0,035) e mastigação (p = 0,041), bem como diminuição de cerca de 10% da qualidade de vida geral (p = 0,025) nos pacientes submetidos a esvaziamento cervical seletivo em comparação com aqueles submetidos a biópsia do linfonodo sentinela. Conclusão Pacientes com carcinoma espinocelular de cavidade oral em estágio inicial submetidos a biópsia do linfonodo sentinela apresentaram melhores resultados tardios de qualidade de vida geral, principalmente quanto à aparência e à mastigação, quando comparados aos pacientes submetidos a esvaziamento cervical seletivo.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Sentinel lymph node biopsy is a proven method for staging the neck in patients with early oral cavity squamous cell carcinoma because it results in less comorbidity than the traditional method of selective neck dissection, with the same oncological results. However, the real effect of that method on the quality of life of such patients remains unknown. Objective The present study aimed to evaluate the quality of life of patients with oral cavity squamous cell carcinoma T1/T2N0 submitted to sentinel lymph node biopsy compared to those that received selective neck dissection. Methods Cross-sectional study including 24 patients, after a 36 month follow-up, 15 of them submitted to the sentinel lymph node biopsy and 9 to selective neck dissection. All patients answered the University of Washington quality of life questionnaire. Results The evaluation of the questionnaires showed a late worsening of the domains appearance (p = 0.035) and chewing (p = 0.041), as well as a decrease of about 10% of general quality of life (p = 0.025) in patients undergoing selective neck dissection ​​in comparison to those undergoing sentinel lymph node biopsy. Conclusion Patients with early-stage oral cavity squamous cell carcinoma undergoing sentinel lymph node biopsy presented better late results of general quality of life, mainly regarding appearance and chewing, when compared to patients submitted to selective neck dissection.
  • Disfunção de olfato na Covid-19: marcador de bom prognóstico? Artigo Original

    Mendonça, Cindy Vitalino; Mendes Neto, José Arruda; Suzuki, Fabio Akira; Orth, Marlon Steffens; Machado Neto, Hugo; Nacif, Sérgio Roberto

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução Em maio de 2020, a Organização Mundial da Saúde reconheceu a disfunção do olfato como um sintoma da C-19. A presença de hiposmia/anosmia pode ser um marcador de bom prognóstico na Covid-19. Objetivos Relacionar a presença do transtorno do olfato à gravidade do quadro clínico nos pacientes com Covid-19. Método Foram recrutados indivíduos com síndrome gripal causada pelo SARS-CoV-2, diagnosticados de março a junho de 2020. Eles foram divididos em três grupos: síndrome gripal leve; síndrome gripal grave (internados em enfermarias) e doença crítica (internados em UTI). Os doentes internados foram entrevistados por ligação telefônica após alta hospitalar e também tiveram seus prontuários avaliados para registro de exames complementares; os ambulatoriais responderam a um questionário eletrônico com somente informações clínicas. Resultados Participaram do estudo 261 pacientes: 23,75% com síndrome gripal leve, 57,85% com síndrome gripal grave e 18,40% com doença crítica. Ocorreu alteração do olfato em 66,28% doentes com Covid-19. Dos indivíduos, 56,58% apresentaram duração da alteração do olfato entre 9 dias e 2 meses. Houve significativamente maior proporção de indivíduos com disfunção olfatória no grupo com síndrome gripal leve do que nos graves (leves × graves - p < 0,001; odds ratio = 4,63; 95% IC [1,87-10,86]). Essa relação também se manteve entre os doentes leves e críticos (leves × críticos - p < 0,001; odds ratio = 9,28; 95% IC [3,52-25,53]). Conclusão A disfunção do olfato foi significantemente mais prevalente nos doentes com síndrome gripal leve na Covid-19. Pode ser um preditor de bom prognóstico dessa infecção. Novos estudos populacionais devem ser feitos para corroborar esses achados.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction In May 2020, the World Health Organization recognized olfactory dysfunction as a COVID-19 symptom. The presence of hyposmia/anosmia may be a marker of good prognosis in COVID-19. Objective To associate the presence of olfaction disorder to the clinical condition severity in patients with COVID-19. Methods Individuals with the flu syndrome caused by SARS-CoV-2, diagnosed from March to June 2020, were recruited. They were divided into three groups: mild flu syndrome, severe flu syndrome (admitted to hospital wards) and critical illness (admitted to the ICU). Inpatients were interviewed by telephone contact after hospital discharge and their medical records were also evaluated regarding complementary test results. Outpatients answered an electronic questionnaire containing only clinical information. Results A total of 261 patients participated in the study: 23.75% with mild flu syndrome, 57.85% with severe flu syndrome and 18.40% with critical illness. A total of 66.28% patients with COVID-19 had olfaction disorders. In approximately 56.58% of the individuals the smell alterations lasted between 9 days and 2 months. There was a significantly higher proportion of individuals with olfactory dysfunction in the group with mild flu syndrome than in the severe flu syndrome group (mild × severe - p< 0.001; Odds Ratio = 4.63; 95% CI [1.87-10.86]). This relationship was also maintained between patients with mild flu syndrome and critically-ill patients (mild × critical - p< 0.001; Odds Ratio = 9.28; 95% CI [3.52-25.53]). Conclusion Olfaction dysfunction was significantly more prevalent in patients with mild flu syndrome in COVID-19. It may be a predictor of a good prognosis for this infection. New population-based studies must be carried out to corroborate these findings.
  • Protocolos e procedimentos de avaliação em endoscopia da deglutição: uma revisão sistemática atualizada Artigo De Revisão

    Prikladnicki, Aline; Santana, Márcia Grassi; Cardoso, Maria Cristina

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução As alterações neurológicas podem gerar distúrbios deglutitórios e a videoendoscopia da deglutição é um dos exames feitos para o seu diagnóstico e auxílio no manejo da disfagia. Objetivo Identificar e descrever o protocolo para videoendoscopia da deglutição padronizado para a população adulta com transtornos neurológicos e suas etapas. Método Revisão sistemática registrada na plataforma Prospero (CRD42018069428), realizada nos sites: Medline, Cochrane Library e Scielo; publicados entre 2009 e 2020. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, estudos transversais e longitudinais. Dois avaliadores independentes analisaram o delineamento do estudo e extrairam os dados dos estudos selecionados. As dúvidas de inclusão ou não dos estudos foram avaliadas por um terceiro avaliador. Artigos científicos incluídos englobam pacientes adultos neurológicos. Os desfechos avaliados: 1) diagnóstico de distúrbio deglutitório ou disfagia; (2) alteração de sensibilidade em região laríngea; (3) penetração laríngea do bolo alimentar ofertado; (4) aspiração traqueal do bolo alimentar ofertado. Resultados Foram selecionados inicialmente 3.724 artigos, após busca personalizada para pacientes com alterações neurológicas permaneceram 101 estudos. Ao final, 21 estudos qualitativos de 2009 a 2020 permaneceram na revisão sistemática e foram descritos detalhadamente e comparados. Sete estudos usaram protocolos das instituições promotoras e quatro citaram usar o mesmo protocolo. A reprodutibilidade fidedigna dos protocolos é viável apenas em três dos artigos, mesmo com protocolos diferentes. Conclusões Não há protocolo padronizado ou validado para avaliar a deglutição da população adulta neurológica.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Neurological alterations can generate swallowing disorders and fiberoptic endoscopic evaluation of swallowing is one of the tests performed for its diagnosis, as well as assistance in dysphagia management. Objective To identify and describe a fiberoptic endoscopic evaluation of swallowing standardized protocol for the neurological adult population and its stages. Methods Systematic review registered on the PROSPERO platform (CRD42018069428), carried out on the websites: MEDLINE, Cochrane Library and Scielo; published between 2009 and 2020. Randomized clinical trials, cross-sectional, and longitudinal studies were included. Two independent judges evaluated the study design and extracted the data from the selected studies. Doubts regarding inclusion or not of the studies were evaluated by a third judge. Scientific articles included were those with adult neurological remained patients with outcomes: (1) diagnosis of swallowing disorder (2) change in sensitivity in laryngeal region (3) penetration of food offered (4) aspiration of food offered. Results 3724 articles were initially selected, after personalized search for patients with neurological alterations 101 studies remained. In the end, 21 qualitative studies from 2009 to 2020 remained in the systematic review and they were described in detail and compared. Seven articles used protocols of the institutions in which the research took place and four mentioned using the same protocol. The reliable reproducibility of the protocols is feasible only in three of the articles, even presenting different protocols. Conclusion There is no standard or validated protocol to assess the swallowing function of adults with neurological diseases.
  • Diretriz para o uso dos imunobiológicos em rinossinusite crônica com pólipo nasal (RSCcPN) no Brasil Artigo De Revisão

    Anselmo-Lima, Wilma T.; Tamashiro, Edwin; Romano, Fabrizio R.; Miyake, Marcel M.; Roithmann, Renato; Kosugi, Eduardo M.; Nakanishi, Márcio; Fornazieri, Marco A.; Bezerra, Thiago F.P.; Mello Jr., João F.; Lessa, Marcus M.; Voegels, Richard L.; Piltcher, Otávio B.; Sakano, Eulalia; Valera, Fabiana C.P.

    Resumo em Português:

    Destaques Uso dos imunobiologicos é uma opção de tratamento para os pacientes com rinossinusite crônica com pólipos nasais refratária ao tratamento convencional. A diretriz traz os principais medicamentos disponíveis hoje no Brasil, suas indicações e recomendações atuais de uso.

    Resumo em Inglês:

    Highlights The use of immunobiologicals is an option for the management of patients with chronic rinosinusitis with nasal polyps (CRSwNP) refractory to conventional treatment. The guideline lists the main drugs currently available in Brazil, their indications, and recommendations for use.
  • Fibromatose colli ou pseudotumor do músculo esternocleidomastoideo, um edema cervical raro na infância Relato De Caso

    Alrashidi, Nasser
  • O difícil manejo de um tumor de parótida assintomático: um caso de neurofibroma plexiforme solitário do nervo facial da parótida Relato De Caso

    Hmidi, Mounir; Cherrabi, Kaoutar; Sinaa, Mohamed; Nadour, Karim
  • Polimorfismos Vax1 rs7078160 e fenda labial não-sindrômica: correspondência Carta Ao Editor

    Mungmunpuntipantip, Rujittika; Wiwanitkit, Viroj
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