Dois genótipos de sorgo forrageiro foram estudados: CSF18 (sensível) e CSF20 (tolerante). A redução no crescimento da parte aérea devida ao estresse salino foi maior no genótipo sensível. Quando ambos foram submetidos ao estresse salino (NaCl a 75 mM), não se observou nenhuma mudança significativa na peroxidação dos lipídios. Contudo, o estresse salino induziu aumentos nas atividades da dismutase do superóxido e da catalase de ambos os genótipos. Tais aumentos foram maiores no genótipo tolerante. As atividades das peroxidases foram diferencialmente afetadas pelo estresse salino. Enquanto no genótipo sensível houve descréscimos, no genótipo tolerante observaram-se aumentos nas atividades dessas enzimas em resposta a salinidade. Além disso, a razão de atividade entre a dismutase do superóxido e as demais enzimas foi maior no genótipo sensível. Os resultados sustentam a hipótese de que a maior eficiência do sistema enzimático antioxidante do genótipo CSF20 poderia ser considerada como um dos fatores responsáveis por sua tolerância ao estresse salino. Portanto, a razão entre as atividades da dismutase do superóxido e a das enzimas eliminadoras do H2O2 poderia ser usada como hipótese de trabalho de um marcador bioquímico de tolerância ao estresse salino em sorgo.
Sorghum bicolor; estresse oxidativo; peroxidação de lipídios; sistema enzimático antioxidante; tolerância ao sal