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Rendimento e composição do óleo essencial de Mentha piperita L. (Lamiaceae) cultivada com biossólido

Esse estudo avaliou os efeitos dos níveis de biossólido no rendimento e na composição química do óleo essencial de Mentha piperita L. Plantas de menta foram cultivadas em casa de vegetação em vasos contendo o equivalente a 0, 28, 56 e 112 t.ha-1 de biossólido. Três avaliações foram realizadas aos 90, 110 e 120 dias após plantio (DAP). O óleo foi extraído da matéria seca da parte aérea por hidrodestilação e sua composição determinada por CG/EM. Sua produção foi afetada de modo discreto pelo biossólido, aumentando quando as plantas foram cultivadas com 28 t.ha-1, condição que não resultou em sua melhora de qualidade. O acetato de mentila foi o componente encontrado em maior porcentagem em todos os tratamentos. As plantas apresentaram aos 90 DAP maior percentagem de mentol, segundo maior constituinte do óleo, com conteúdo de 42,3% naquelas cultivadas sem biossólido. A presença do biossólido favoreceu a formação de mentofurano. Como o mentol, a mentona diminuiu com o desenvolvimento das plantas. Nessas condições, recomenda-se sua colheita aos 90 DAP, época em que o nível de mentol foi maior. Com o aumento de produção de lodo de esgoto, há necessidade de sua adequada destinação, havendo restrições para seu uso em relação ao ambiente e à planta. Assim, apesar de o cultivo com 28 t.ha-1 estar dentro do permitido pela legislação, essa condição, que aumentou o rendimento do óleo, não melhorou sua qualidade. Assim, o biossólido da Estação de Barueri não foi recomendável para o cultivo da espécie.

acetato de mentila; hortelã-pimenta; lodo de esgoto; mentol


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