Muitos pacientes vivenciam pelo menos um problema relacionado ao medicamento e à atenção farmacêutica pode mudar este fato. Este trabalho descreve um modelo para estruturar o serviço de atenção farmacêutica numa farmácia escola do Sistema Único de Saúde brasileiro baseado nos resultados de um programa de seguimento farmacoterapêutico de pacientes com Doença de Parkinson. A partir dos resultados do seguimento, um esquema de gerenciamento da farmacoterapia foi desenhado. Dos 57 pacientes acompanhados, 30 apresentaram um problema relacionado ao medicamento e 42% não aderiram ao tratamento, o que reforça a necessidade de gerenciar a farmacoterapia. O esquema proposto apresenta 6 passos: primeiro, o farmacêutico preenche o formulário de dispensação e avalia a farmacoterapia do paciente; caso haja suspeita de um problema, ele é convidado a participar do seguimento farmacoterapêutico (passos 1 e 2) e marcam a primeira consulta. Após esta, o farmacêutico estuda o caso (fase de estudo, passos 3 e 4). Na segunda consulta, o farmacêutico propõe as intervenções necessárias e, na terceira, avalia seus resultados e novos problemas (passos 5 e 6, respectivamente). O processo termina quando todos os objetivos terapêuticos são alcançados. Este modelo de prática pode contribuir significativamente para o desenvolvimento e organização de serviços de atenção farmacêutica.
Atenção farmacêutica; Seguimento farmacoterapêutico; Farmácia comunitária; Pacientes/segurança; Doença de Parkinson/tratamento