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Germinação e morfologia de plântulas de Smilax polyantha (Smilacaceae)

As espécies de Smilax L. são utilizadas na medicina popular brasileira desde o século 19 devido às propriedades anti-reumáticas atribuídas aos órgãos subterrâneos de todas as espécies. No entanto, ainda hoje, essas espécies são exploradas apenas por extrativismo. Estudos sobre a germinação e o desenvolvimento dos órgãos subterrâneos podem ser úteis para preservar essas plantas. Após a germinação, o desenvolvimento de plântulas de Smilax polyantha foi analisado para compreender a formação do sistema subterrâneo. Para a análise da ontogênese do sistema subterrâneo foram seccionadas plantas em diferentes estágios de desenvolvimento entre um e doze meses. Uma das características mais marcantes desta espécie é a presença de dois sistemas de ramificação caulinar. A plúmula dá origem ao primeiro sistema caulinar de ramificações com geotropismo negativo. As gemas axilares subterrâneas desse primeiro eixo caulinar originam o segundo eixo caulinar com geotropismo positivo. O crescimento horizontal e o espessamento do órgão subterrâneo dependem do desenvolvimento de gemas axilares de nós basais dos ramos anteriores. A gema cotiledonar não participa da formação do caule subterrâneo, como descrito anteriormente na literatura para este gênero, mas as gemas axilares basais dos ramos caulinares aéreos originam o segundo eixo de ramificação caulinar subterrâneo. Neste estudo, após ser discutida a terminologia mais adequada, sugere-se chamar o caule subterrâneo dessas espécies de rizóforo.

anatomia; desenvolvimento; salsaparrilha; rizoma; rizóforos


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