Resumo:
Comunidades de oligoquetos constituem importante componente em ambientes de água doce, onde sua abundância e composição podem indicar aspectos relacionados à qualidade da água e do sedimento. A carência de informações sobre estas comunidades em ambientes aquáticos brasileiros, bem como a aplicação de espécies nativas como bioindicadores de ambientes lóticos estimularam o desenvolvimento do presente trabalho. Assim, o objetivo foi estudar a comunidade de oligoquetos aquáticos em trechos selecionados do Rio Juruena (MT), gerando subsídios para futuras ações de monitoramento ambiental em ecossistemas lóticos. Métodos: Para isso foram analisadas amostras efetuadas em intervalos bimestrais durante o período de janeiro a novembro 2009, em trechos do Rio Juruena (Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas) localizado no Estado de Mato Grosso (MT). Para coleta dos organismos foram utilizados dois métodos: a) rede em "D" em pequenos agrupamentos de macrófitas fixas no sedimento nas margens do rio; e b) draga Ekman-Birge em sedimento arenoso. Os resultados preliminares 584 organismos distribuídos em 22 táxons. Dentre estes, foram identificadas 22 espécies válidas. Esse número corresponde aproximadamente 25% das espécies de oligoquetos aquáticos registradas no Brasil. Destas espécies, Limnodrilus hoffmeisteri, Dero nivea e Pristina rosea podem ser associadas à condições de enriquecimento orgânico e/ou algum nível de degradação ambiental.
Palavras-chave:
Oligoquetos aquáticos; bioindicadores; ambientes lóticos; ambientes de água doce
