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Galhas de insetos em Asteraceae no Brasil: riqueza, distribuição geográfica, fauna associada, endemismo e importância econômica

Resumo:

Um panorama geral das galhas de insetos em Asteraceae no Brasil é apresentado. Usamos a base de dados "Web of Science" para encontrar publicações sobre galhas de insetos de 1988 a 2020. Analisamos 88 publicações no total, porém obtivemos dados de apenas 51. Um total de 487 morfotipos de galhas foi contabilizado em 157 espécies de plantas de 42 gêneros. Este valor indica as Asteraceae como a família botânica mais rica em número de morfotipos de galhas no Brasil. A maioria dos morfotipos foi registrada na Mata Atlântica (41%) e no Cerrado (30.5%), biomas mais investigados no Brasil. Baccharis L. suportou a maior riqueza de galhas (43.9%), o que poderia ser explicado pelas hipóteses de área geográfica e tamanho do táxon. Baccharis concinna G.M. Barroso, B. dracunculifolia DC. E B. platypoda DC. foram indicadas como as espécies super hospedeiras. A maioria das galhas foi induzida em caules (52.2%), um padrão conhecido em Asteraceae para Tephritidae e Chloropidae indutores de galhas, e estendido no presente estudo para Cecidomyiidae. A maioria das galhas foi fusiforme (42.5%), o que pode estar relacionado ao maior número de galhas em caule. Os Cecidomyiidae (Diptera) foram os indutores mais frequentes, como no mundo inteiro. A presença de outros ocupantes - parasitoides, cecidófagos, cleptoparasitas e sucessores - foi assinalada em 8.8% dos morfotipos de galhas, sendo os parasitoides os mais frequentes, como em outras publicações no país. A maioria das plantas hospedeiras são endêmicas do Brasil (58%), 14 são úteis e algumas são vulneráveis ou ameaçadas (seis e quatro, respectivamente). Devido à alta especificidade de plantas hospedeiras, os indutores de galhas associados a estas plantas podem ser considerados endêmicos, de importância econômica, vulneráveis e/ou ameaçados, respectivamente.

Palavras-chave:
Insetos indutores de galhas; interação inseto-planta; Compositae

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