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Taxonomia e distribuição geográfica dos Monstrilloida (Copepoda - Crustacea) do atlântico sul ocidental

DISSERTAÇÕES E TESES

Taxonomia e distribuição geográfica dos Monstrilloida (Copepoda – Crustacea) do Atlântico Sul Ocidental

Cristina de Oliveira Dias

Tese (Doutorado) – Museu Nacional – Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2002

RESUMO

A ordem Monstrilloida é a menos conhecida dos Copepoda. Estudos taxonômicos e ecológicos deste grupo são limitados devido a raridade dos espécimens, que são coletados pelas redes de plâncton somente no primeiro estádio de náuplio e na forma adulta. Todos os outros estádios são endoparasitas de poliquetas e moluscos. O material zooplanctônico analisado, foi coletado nas regiões neríticas e oceânicas da costa do Brasil e da Argentina. Dados sobre a ocorrência, distribuição, aspectos morfológicos e informações ecológicas são fornecidos para os dezoito táxons de Monstrilloida registrados para o Atlântico Sul Ocidental (5-50°S). Dos dezoito táxons identificados, sete são espécies novas (Monstrilla brasiliensis, Monstrilla careli, Monstrilla pustulata, Monstrilla satchmoi, Monstrilla bahiana, Cymbasoma rochai, e Monstrillopsis fosshageni); cinco tiveram sua distribuição revista e ampliada (Monstrilla grandis, Monstrilla helgolandica, Cymbasoma rigidum, Cymbasoma longispinosum, e Monstrillopsis dubia); duas mantiveram sua distribuição original (Monstrilla rugosa e Cymbasoma quadridens); e uma espécie é considerada nova ocorrência para a região (Monstrillopsis gracilis). Três táxons foram classificados ao nível genérico (Monstrilla sp. 1, Monstrilla sp. 2 e Cymbasoma sp.). Monstrilla cf. reticulata (Dias, 1996) foi considerada sinonímia de M. brasiliensis após revisão do material. Foi apresentado o padrão de armadura da antênula das fêmeas das espécies analisadas, com a finalidade de servir como base para futuras comparações. As quinze espécies identificadas foram agrupadas segundo os parâmetros de temperatura e salinidade da região. As seguintes associações de espécies de Monstrilloida para a área de estudo foram determinadas através da Cluster Analysis: a) associação de espécies da Zona Tropical, formada pelas espécies Monstrilla rugosa, M. grandis, M. careli, M. brasiliensis, M. satchmoi, M. bahiana, Cymbasoma longispinosum, C. rigidum e Monstrillopsis gracilis, abrangendo a região Nordeste do Brasil, caracterizada pela presença da Água Tropical; b) associação de espécies da Zona Subtropical, formada pelas espécies Monstrilla grandis, M. careli, M. rugosa, M. brasiliensis, M. pustulata, M. satchmoi, Cymbasoma quadridens, C. longispinosum, C. rigidum, C. rochai, Monstrillopsis dubia, M. gracilis e M. fosshageni, abrangendo o litoral da região Central e Sul do Brasil, caracterizados pela presença da Água Costeira e de águas mais salinas; e c) associação de espécies da Zona de Transição, formada pelas espécies Monstrilla grandis e M. helgolandica, abrangendo o litoral da Argentina, sendo definida como de mistura entre a região Subtropical e Subantártica. Foi verificada a diminuição do número de espécies no sentido norte-sul e que a sua grande maioria não fica restrita a apenas uma massa d´água. As espécies se distribuem usualmente cobrindo pelo menos uma massa d´água inteiramente ou parte de uma ou duas outras.

Palavras-chave: Monstrilloida, Copepoda, Atlântico Sul Ocidental, Brasil

Orientador: Prof. Dr. Sérgio Luiz Costa Bonecker (UFRJ-Brasil).

Co-orientador: Prof. Dr. Eduardo Suárez-Morales (ECOSUR-México).

E-MAIL: crcldias@biologia.ufrj.br

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Out 2006
  • Data do Fascículo
    2005
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