Acessibilidade / Reportar erro

Artrópodes associados às carcaças de pequenos roedores expostas em área de formação vegetal secundária no município de Campinas, SP

DISSERTAÇÕES E TESES

Artrópodes associados às carcaças de pequenos roedores expostas em área de formação vegetal secundária no município de Campinas, SP

Thiago de Carvalho Moretti

RESUMO

Embora estudos do destino post-mortem de cadáveres humanos sejam de interesse forense, e na natureza grandes animais se tornem disponíveis à colonização por insetos logo após a morte, o destino do vasto número de carcaças de animais pequenos em alguns habitats, bem como os parâmetros que conduzem este processo, ainda são pouco estudados. Em vista deste quadro, foram conduzidos estudos sobre a decomposição de carcaças de pequenos roedores em uma área de vegetação secundária dentro do campus da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (22º49'15"S, 47º04'08"W) na cidade de Campinas - SP (Brasil), de agosto de 2003 a junho de 2004, para analisar a composição da fauna de invertebrados que visitam e colonizam os cadáveres. Quatro carcaças de camundongo de laboratório (Mus musculus) e quatro carcaças de rato (Rattus norvegicus) foram expostas em cada estação, durante o período acima estabelecido. As carcaças foram acondicionadas em aparato adequado para coleta de insetos imaturos e adultos. No curso da decomposição das 32 carcaças, foram coletados 6514 exemplares (820 adultos e 5694 imaturos) de 53 espécies de artrópodes pertencentes às famílias Sarcophagidae, Calliphoridae, Muscidae, Fanniidae, Syrphidae, Richardiidae, Sepsidae, Micropezidae, Otitidae, Drosophilidae, Phoridae, Dolichopodidae, Anthomyiidae, Asilidae e Lauxaniidae (Diptera), Formicidae, Ichneumonidae, Encyrtidae e Apidae (Hymenoptera), Staphylinidae (Coleoptera) e Gonyleptidae (Opiliones). As espécies colonizadoras mais abundantes foram Lucilia eximia (Wiedemann, 1819) (Diptera: Calliphoridae), bem como as espécies de Sarcophagidae Peckia (Pattonella) intermutans (Walker, 1861) e Sarcophaga (Liopygia) ruficornis (Fabricius, 1794), as quais são raramente vistas criando-se em carcaças de grandes animais. Este comportamento pode sugerir uma especialização destas espécies em colonizar carcaças pequenas, possivelmente como estratégia de escape à competição com outras espécies de dípteros necrófagos em carcaças de grandes animais.

Palavras-chave: entomologia forense, animais carcaças, Diptera, camundongo, Rattus norvegicus

Orientador: Odair Benedito Ribeiro.

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Fev 2007
  • Data do Fascículo
    2006
Instituto Virtual da Biodiversidade | BIOTA - FAPESP Departamento de Biologia Vegetal - Instituto de Biologia, UNICAMP CP 6109, 13083-970 - Campinas/SP, Tel.: (+55 19) 3521-6166, Fax: (+55 19) 3521-6168 - Campinas - SP - Brazil
E-mail: contato@biotaneotropica.org.br