O conhecimento sobre a mastofauna da Mata Atlântica é ainda insuficiente, especialmente porque restam locais pouco estudados ou mal inventariados, o que dificulta iniciativas de conservação. Teve-se, como objetivos, conhecer a riqueza e a composição de espécies de mamíferos de médio e grande porte em um remanescente de Floresta Estacional Semidecidual, o Morro do Coco, contribuindo, assim, com informações sobre a ocorrência da mastofauna na região metropolitana de Porto Alegre, sul do Brasil. A metodologia consistiu de entrevistas com moradores locais, registros visuais e parcelas de areia. O estudo transcorreu de julho de 2008 a abril de 2009, com expedições mensais de três dias. Foram registradas 16 espécies de mamíferos, sete das quais estão ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul e uma nacionalmente. O grupo trófico predominante foi o de frugívoros/herbívoros. A área de estudo situa-se em uma zona prioritária à conservação da mastofauna na Grande Porto Alegre, por ser um dos últimos remanescentes onde estão representadas e preservadas as fitofisionomias que originalmente ocupavam a orla do Lago Guaíba e os morros graníticos da região.
mastofauna; pegadas; Domínio da Mata Atlântica; parcelas de areia; registros visuais