Resumo
Neste artigo, objetivamos analisar a perspectiva de Equidade e Justiça Social que professoras da Educação Infantil têm para a aprendizagem das crianças em Matemática. A pesquisa se orienta por abordagem mista, utilizando questionário respondido por 146 professores da Educação Infantil, do município de Itabuna, Bahia. O questionário contempla a perspectiva de Equidade e Justiça Social, verificando a disposição para pedagogia culturalmente responsiva, contendo dezenove questões em escala Likert de seis pontos, variando de Discordo Fortemente a Concordo Plenamente. As definições de Equidade e Igualdade são analisadas por Análise Textual Discursiva, enquanto para o questionário em Likert utilizamos análise descritiva de itens. As análises qualitativas sobre Equidade e Igualdade mostram que ainda falta compreensão sobre Equidade, pois são superficiais e, em alguns casos, contraditórias, quando comparadas com as de Igualdade. A estatística aplicada às questões em Likert indica nível de concordância significativo no que tange à Disposição para a Práxis, para a Comunidade e para a Justiça Social. Identificamos as maiores discordâncias na Disposição para a Justiça Social, o que requer explorar questões sociais, econômicas e políticas na formação desses professores, como forma de proporcionar o entendimento das desigualdades e relações de poder presentes nas escolas e instituições de Educação Infantil e, ainda, como a Matemática pode ajudar a desenvolver crianças mais críticas e conscientes do seu papel na sociedade, contribuindo para um mundo mais justo e menos desigual. O Alfa de Cronbach é de 0,83, o que retrata um nível de confiabilidade alta.
Equidade na matemática; Justiça Social; Educação Infantil; Prática pedagógica equitativa; Pedagogia culturalmente responsiva
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Fonte: elaborado a partir dos dados da pesquisa com auxílio do RStudio (2023)