O objetivo deste estudo foi investigar radiograficamente a presença de ramificações do canal radicular encontrada depois do tratamento endodôntico, e determinar qualquer relação entre a presença destas e do tipo de substância química auxiliar usada. O estudo avaliou 1.470 tratamentos endodônticos executados pelos estudantes do último ano da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), SP, Brasil, no período de 1998 a 2000. Foram avaliadas as radiografias feitas durante o tratamento para verificar a presença das ramificações dos sistemas de canais radiculares. A radiografia inicial não mostrou a presença de qualquer ramificação. Depois da obturação as radiografias mostraram apenas 3 tipos de ramificação: 3,06% de canais laterais, 2,99% de deltas apicais e 0,1% de canais interradiculares. Os pré-molares superiores mostraram o maior número de canais laterais (n = 13), seguidos pelos pré-molares inferiores (n = 10) e incisivos superiores (n = 10). Deltas apicais foram encontrados principalmente em molares inferiores (n = 14), seguidos por incisivos superiores (n = 9). Apenas molares inferiores apresentaram canais interradiculares. A detecção de ramificações aumentou com o uso do EDTA. Entretanto, nenhuma relação estatisticamente significante foi encontrada entre o tipo de substância química auxiliar usada e o número de ramificações visualizadas após a obturação dos canais radiculares. Foi concluído que a freqüência de ramificações do canal radicular encontrada radiograficamente é baixa em tratamentos executados por estudantes universitários.
Endodontia; Canal radicular; Registros odontológicos; Educação em odontologia
