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Fraturas de face: um estudo retrospectivo de 1 ano em um hospital de Belo Horizonte

Um estudo retrospectivo foi realizado para avaliar fraturas faciais em pacientes atendidos no ano de 2000 em um hospital público de Belo Horizonte. As informações coletadas incluíam idade, sexo, etiologia, distribuição do trauma de acordo com o dia da semana e o mês, o local anatômico da fratura e o tratamento. As análises envolveram estatísticas descritivas, teste qui-quadrado, teste Bonferroni e análise de variância. Foram encontradas 1.326 fraturas de face em 911 pacientes. A maioria das fraturas ocorreu em adultos na faixa etária de 21 a 30 anos. Os homens foram mais acometidos do que as mulheres, numa proporção homem:mulher de 4,69:1. Os traumas causadores de fraturas faciais ocorreram predominantemente nos fins de semana. Os acidentes de moto e bicicleta foram a maior causa de trauma, seguidos por violência interpessoal, acidentes automobilísticos e quedas. Quando analisada a relação entre o gênero e a etiologia das fraturas de face, observou-se uma associação estatisticamente significativa entre essas variáveis (p < 0,001). Houve também uma associação entre a idade dos pacientes e a localização das fraturas (p = 0,0014). O osso facial mais fraturado foi a mandíbula, seguida por complexo zigomático e nariz. O tratamento conservador foi realizado na maioria dos casos. Houve diferenças estatisticamente significativas entre o tipo de tratamento instituído e a localização da fratura (p < 0,001).

Fraturas maxilares; Fraturas mandibulares; Traumatismos faciais; Estudos epidemiológicos


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