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Adaptabilidade e estabilidade de linhagens experimentais de soja selecionadas para caracteres agronômicos através de método uni-multivariado

Adaptability and stability of soybean experimental lines selected for agronomic traits and insect resistance by uni-multivariate method

Esta pesquisa visou estudar a interação entre genótipos e ambientes (G x E), a adaptabilidade e estabilidade fenotípica, com o uso do modelo biométrico AMMI (Additive Main Effects and Multiplicative Interaction Analysis), para avaliação da produtividade de grãos de linhagens experimentais (F10 e F11) de soja. O material envolveu três populações obtidas a partir de um dialelo parcial 4 x 4 com quatro genitores resistentes a insetos (IAC-100, Crokett, Lamar e D72-9601-1) e quatro cultivares adaptadas (BR-6, IAS-5, Davis, OCEPAR-4). Em F2 foram empregados três procedimentos distintos de seleção de plantas individuais: PCI, população formada a partir de plantas F2 obtidas com controle total de insetos; PRIM e PRIS formadas a partir de plantas F2 selecionadas para resistência a insetos mastigadores e sugadores respectivamente. De F3 a F11 foi praticada seleção entre progênies para produtividade de grãos e tolerância ao fotoperíodo. Foram desenvolvidos 24 experimentos delineados em blocos ao acaso com duas repetições subdivididas em conjuntos experimentais com testemunhas comuns, combinando as três populações e oito ambientes. Os ambientes (E1 a E8) combinaram dois locais (Anhembi, Areão), dois anos agrícolas (1999/2000, 2000/2001) e dois sistemas de manejo (controle intensivo de insetos ou CII e controle ecológico de insetos ou CEI). Os experimentos de 1999/2000 e 2000/2001 incluíram, respectivamente, 40 e 20 linhagens de uma população. Com base na produtividade de grãos, concluiu-se: o método AMMI evidenciou como linhagens F11 estáveis e produtivas, 70% da PCI, 65% da PRIS e 55% da PRIM; o local Anhembi destacou-se como de alta produtividade em todas as situações (três populações, dois anos e dois manejos; para as três populações, dentre os ambientes mais produtivos, o método AMMI destacou E1 (Anhembi, 1999/2000, CII) como de máxima estabilidade e E6 (Anhembi, 2000/2001, CEI) como de máxima instabilidade; para a capacidade de gerar linhagens superiores em adaptabilidade e estabilidade, sobressaíram-se os genitores IAC-100, D72-9601-1, BR-6, Davis e IAS-5; destaques especiais envolveram os cruzamentos do genitor IAC-100 com IAS-5, Davis, OCEPAR-4 e BR-6.

Glycine max; interação genótipo-ambiente; modelo AMMI; produtividade de grãos


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