Com o objetivo de estudar o efeito do cálcio na tolerância à toxicidade de alumínio, foi instalado um experimento empregando três cultivares de trigo - BH-1146, IAC-17 e Siete Cerros - em soluções nutritivas contendo 10 mg/litro de Al3+ combinados com três concentrações de sais - um décimo, um quinto e metade da concentração de sais da solução nutritiva completa - e quatro níveis de cálcio - 16, 80, 160 e 320 mg/litro. A tolerância foi medida pela capacidade de as raízes primárias continuarem a crescer em soluções sem alumínio após a permanência de 24, 48 e 72 horas em soluções de tratamento contendo determinada concentração de sais combinada com determinada concentração de cálcio na presença de 10 mg/litro de Al3+. Independente da concentração salina da solução, quando foi empregada a concentração de 16 mg/litro de cálcio, todos os cultivares foram tolerantes quando o tempo de permanência na solução com Al3+ foi de 24 horas; e os cultivares BH-1146 e IAC-17 foram tolerantes e Siete Cerros, sensível, quando o tempo de permanência na solução com Al3+ foi de 48 e 72 horas. Na concentração de 80 mg/litro de cálcio, verificou-se o mesmo resultado; entretanto, 'Siete Cerros' mostrou-se tolerante na solução salina mais concentrada (metade da concentração da solução completa) quando o tempo de permanência na solução com 10 mg/litro de Al3+ foi de 48 e 72 horas. Nas soluções com 160 e 320 mg/litro, todos os cultivares em estudo apresentaram tolerância, independente do tempo de permanência nas soluções e das concentrações de sais utilizadas. O sintoma de toxicidade de Al3+ ficou acentuado pela diminuição da concentração de cálcio e/ou da concentração salina e pelo aumento no período de permanência na solução de Al3+ para os três cultivares estudados.
trigo; toxicidade; alumínio; concentração de sais; níveis de cálcio; solução nutritiva; raízes primárias; comprimento da raiz