Em amostras de café, cujas bebidas foram submetidas à análise sensorial, apresentou-se um fato nôvo, a caracterização em algumas amostras do "gôsto de óleo". Analisando-se os ensaios que apresentaram êsse fenômeno, verificou-se que o gôsto estranho ocorria, geralmente, em amostras submetidas a' altas temperaturas de secagem e quando os testes organolépticos eram realizados após largo período de armazenamento. Dois lotes de café foram preparados em um ensaio para estudo da gustação, um constituído de cerejas não despolpadas e, outro, de cerejas despolpadas, lavadas e isentas de cascas. Ambos os lotes foram submetidos à secagem, sob a ação de ar quente a 100°C. Concluída a secagem, o material foi conservado em sacos de aniagem, idênticamente aos que davam o "gôsto estranho" ao material dos ensaios anteriores. Os testes organolépticos foram efetuados, parte em três meses depois da secagem, apresentando-se tôdas as amostras isentas de "gôsto de óleo", e parte após cêrca de doze meses, quando tôdas as amostras apresentavam o "gôsto de óleo".