Dezoito genótipos de uvas (Vitis vinifera L.) apirenas, sem sementes diferindo na época de maturação (precoce, média e tardia) c no tamanho da semente-traço (pequena, média e grande), foram colhidos a 6, 10, 14, 18 e 22 semanas após o florescimento. Usando técnicas de resgate de embrião, foi estudado se o embrião aborta à medida que o fruto amadurece e quais percentagens de embriões permanecem viáveis em estádios mais avançados. O tamanho da semente-traço também foi investigado para determinar sua influência na viabilidade do embrião durante a maturação. Verificou-se que o genótipo tem grande influência nas características relacionadas com a cultura de embrião. Genótipos de maturação tardia mostraram menos embriões resgatados e germinados e menos plântulas transplantáveis do que aqueles precoces e médios. As melhores épocas para cultura visando ao resgate de embrião de uva são as de 6 e 10 semanas após o florescimento. Nessas datas, obtiveram-se os maiores números de embriões germinados e de plântulas transplantáveis. Genótipos com as maiores relações entre peso de semente-traço/comprimento de semente-traço (isto é, maior densidade) revelaram-se propensos a ter maior número de óvulos com embriões, mais embriões germinados e mais plântulas transplantáveis. O estudo também mostrou que é possível obter plantas de frutos maduros colhidos tardiamente, embora a uma taxa mais reduzida.
videira; Vitis vinifera L.; resgate de embrião; cultura "in vitro"; apirenia