Sujeitas ao processo de extinção, em decorrência do extrativismo, as samambaias arbóreas Dicksonia sellowana (Presl.) Hook e Cyathea schanschin Mart, das quais se obtémo xaxim, são espécies ainda pouco estudadas quanto à propagação. Com o objetivo de desenvolver um método adequado à propagação destas espécies, através de esporos, realizaram-se experimentos in vitro e in vivo. Para a desinfecção dos esporos, utilizaram-se soluções de hipoclorito de cálcio, em diferentes concentrações, ou de sódio, comparando-se sua eficiência. Para o cultivo in vitro, empregaram-se os meios nutritivos de Murashige e Skoog modificado e de Jones e a solução de Knop modificada. Na cultura in vivo utilizaram-se xaxim, estagno, terriço ou tijolo fragmentado. Como condições de cultivo, manteve-se a temperatura a 25 ±1°C e o fotoperíodo de 16 horas. Apesar da elevada contaminação durante o processo de germinação in vitro e in vivo, a desinfecção com hipoclorito de cálcio a 2% foi mais eficiente. Os esporos germinaram em 4 a 8 semanas e os prótalos formaram-se após 30 a 40 dias. Obteve-se maior percentagem de germinação e formação de prótalos com os meios de Jones e Knop, bem como xaxim e esfagno, e a germinação de esporos ocorreu mais rapidamente na ausência de esporângios.
pteridófitas; cultura in vivo e in vitro; esporos; propagação