RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
Avaliar a gravidade dos sintomas de disfunção temporomandibular e seus fatores em idosos de uma cidade do sul do Brasil.
MÉTODOS:
Estudo observacional transversal de domicílios residenciais, com amostra probabilística por conglomerado, entrevistou e examinou 287 idosos, com idade entre 65 e 74 anos da cidade Cruz Alta, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. O Índice Anamnésico de Fonseca foi utilizado para avaliação da disfunção temporomandibular, além de um questionário estruturado para condições socioeconômicas e um exame clínico de saúde bucal. As associações entre a variável dependente e a independente foram avaliadas pelos testes de Qui-quadrado ou Mann-Whitney, apresentadas por meio da distribuição de frequências. As análises uni e multivariada foram realizadas para verificar a associação entre a disfunção temporomandibular e as variáveis exploratórias. Para todas as análises, o nível de significância foi de 5%.
RESULTADOS:
A prevalência de sintomas de disfunção temporomandibular foi de 55,1%. No modelo multivariado final, a idade ≥70 anos (RP=0,674; 95% IC: 0,516 - 0,881) apresentou-se como fator de proteção para disfunção temporomandibular e a média de perda dentária (RP=1,022; 95% IC: 1,004 - 1,039) apresentou-se como fator de risco para disfunção temporomandibular em relação a seus respectivos controles.
CONCLUSÃO:
Os resultados demonstraram alta prevalência de sintomas de disfunção temporomandibular. A idade e a média de perda dentária foram associadas à disfunção temporomandibular. Os resultados sugerem melhorias nas condições de saúde bucal dos idosos e a importância de estudos epidemiológicos sobre disfunção temporomandibular nessa população.
Descritores:
Envelhecimento; Fatores de risco; Prevalência; Saúde bucal; Síndrome da disfunção da articulação temporomandibular