Open-access Catastrofização em pacientes com neuralgia do trigêmeo está associada com a intensidade da dor, ansiedade e características neuropáticas

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS  A neuralgia do trigêmeo (NT) é uma dor facial intensa e paroxística, desencadeada por estímulos inócuos. Embora seja relativamente rara, o impacto na vida dos pacientes é profundo. A catastrofização da dor (CD) na NT foi investigada em poucos estudos. Este estudo teve como objetivo coletar características clínicas detalhadas de pacientes com NT e examinar a relação entre catastrofização, intensidade da dor, ansiedade, depressão e qualidade do sono.

MÉTODOS  Pacientes com diagnóstico de NT (de acordo com os critérios da Classificação Internacional de Dor Orofacial) foram avaliados por meio das seguintes escalas: Escala de Catastrofização da Dor (PCS), Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS), Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI), painDETECT e Escala Analógica Visual (EAV).

RESULTADOS  Foram incluídos no estudo 38 pacientes (26 mulheres), com idade média de 64,4 ± 8 anos. 28,9% tiveram escores para ansiedade (HAD_a≥9), 34,2% tiveram escores para depressão (HAD_d ≥9), 86,8% tiveram má qualidade do sono (PSQI ≥ 6) e 73,7% tiveram escores para catastrofização (PCS >20). A intensidade média da dor foi correlacionada com depressão (p=0,01), ansiedade (p=0,04) e catastrofização (p=0,03), especialmente desamparo (p<0,05). A CD também foi associada com ansiedade (p=0,001) e características neuropáticas (p=0,03). Além disso, amplificação e desamparo foram correlacionados com ansiedade e depressão. A ruminação foi correlacionada com má qualidade do sono (p<0,05).

CONCLUSÃO  Este estudo encontrou altos níveis de catastrofização e má qualidade do sono na maioria dos pacientes com NT. A PC foi relacionada à intensidade da dor, ansiedade e características neuropáticas, enquanto a má qualidade do sono foi associada à ruminação.

Descritores:
Catastrofização; Depressão; Distúrbios do início e da manutenção do sono; Neuralgia do trigêmeo; Transtornos de ansiedade

DESTAQUES

A catastrofização da dor e a má qualidade do sono são comuns em pacientes com neuralgia do trigêmeo

A catastrofização da dor estava relacionada a intensidade da dor, ansiedade e características neuropáticas

A má qualidade do sono foi associada à ruminação

Na busca por um melhor controle desse tipo de dor, a catastrofização pode ser um elemento importante a ser abordado

ABSTRACT

BACKGROUND AND OBJECTIVES  Trigeminal neuralgia (TN) is an intense, paroxysmal facial pain, triggered by innocuous stimuli. Although it is relatively rare, the impact on patients’ lives is profound. Pain catastrophizing in TN was investigated in a few studies. This study aimed to collect detailed clinical characteristics of patients with TN and examine the relationship between pain catastrophizing (PC), pain intensity, anxiety, depression, and sleep quality.

METHODS  Patients with a diagnosis of TN (according to the International Classification of Orofacial Pain criteria) were evaluated through the following scales: Pain Catastrophizing Scale (PCS), Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), Pittsburgh sleep quality index (PSQI), painDETECT and visual analog scale.

RESULTS  The study included 38 patients (26 women), with mean age of 64.4 ± 8 years. 28.9% had scores for anxiety (HAD_A ≥ 9), 34.2% had scores for depression (HAD_D ≥9), 86.8% had poor sleep quality (PSQI≥6) and 73.7% had scores for catastrophizing (PCS>20). Average pain intensity was correlated with depression (p=0,01), anxiety (p=0,04), and catastrophizing (p=0,03), especially helplessness (p<0,05). PC was also associated with anxiety (p=0,001) and neuropathic features (p=0,03). Moreover, magnification and helplessness were correlated with anxiety and depression. Rumination was correlated with poor sleep quality (p<0,05) and neuropathic features (p<0,05).

CONCLUSION  This study found high levels of catastrophizing and poor sleep quality in most patients with TN. Pain catastrophizing was related to pain intensity, anxiety, and neuropathic features while poor sleep quality was associated with rumination.

Keywords:
Catastrophizing; Depression; Sleep initiation and maintenance disorders; Trigeminal neuralgia; Anxiety disorders

HIGHLIGHTS

Pain catastrophizing and poor sleep quality were common in patients with trigeminal neuralgia

Pain catastrophizing was related to pain intensity, anxiety, and neuropathic features

Poor sleep quality was associated with rumination

Pain catastrophizing could be an important element to be addressed in the search for better control of this type of pain

INTRODUÇÃO

A Neuralgia do Trigêmeo (NT) é uma condição de dor neuropática debilitante que afeta as necessidades humanas básicas, como comer, beber, falar ou tocar o rosto. Essa condição é caracterizada por dores recorrentes unilaterais breves, semelhantes a choques elétricos, de início e término abruptos, limitadas à distribuição de uma ou mais divisões do nervo trigêmeo e desencadeadas por estímulos inócuos. Ela pode se desenvolver sem causa aparente ou ser resultado de outro distúrbio. Além disso, pode ou não haver uma associação concomitante com dor contínua de intensidade moderada na(s) divisão(ões) afetada(s)1.

Embora clinicamente bem descrita, a fisiopatologia da NT ainda precisa ser totalmente compreendida2. Com base nas evidências existentes, os sintomas podem ser decorrentes de compressão neurovascular (NT clássica) ou doença subjacente (NT secundária) ou podem ocorrer sem causa aparente (idiopática).

A NT é uma condição rara que apresenta uma taxa de prevalência de 0,3%3 e uma incidência que varia de 4,3 a 28,9 pacientes para cada 100.000 habitantes4,5. Ela afeta mais as mulheres (60%) do que os homens (40%). A idade média em que a condição se inicia foi relatada como sendo de 53 a 57 anos6,7. A raridade dos casos contribui para o atraso no diagnóstico e para o tratamento inadequado, muitas vezes agressivo e irreversível, antes da obtenção do diagnóstico correto8.

Os antiepilépticos, a carbamazepina e a oxcarbazepina são os fármacos de primeira escolha para o tratamento de longo prazo da NT. Ambos são eficazes, mas os efeitos adversos geralmente prejudicam o tratamento. Procedimentos cirúrgicos invasivos podem seguir a terapia farmacológica em casos de dor intratável; esses procedimentos estão associados a taxas de sucesso variáveis e riscos de efeitos adversos9.

As consequências da NT são graves: os pacientes em sua maioria vivem com medo da dor, com o funcionamento diário prejudicado e a qualidade de vida prejudicada. Vários artigos investigaram o impacto da dor na vida dos indivíduos afetados. Alguns deles mostraram aumento da ansiedade, depressão e má qualidade do sono, destacando o efeito da condição sobre a saúde mental7,10-15. De fato, foi relatado que a NT reduz a qualidade de vida e causa prejuízo social e ocupacional, além de incapacidade16,17. Esses fatores destacam a necessidade de investigar os processos cognitivos que podem influenciar a percepção e o enfrentamento da dor.

A catastrofização da dor (CD) representa a propensão de amplificar a dor, ruminar ativamente sobre ela e sentir-se desamparado em relação à experiência da dor18. Ela demonstrou fortes associações com a intensidade da dor, a incapacidade e o sofrimento emocional em pacientes com dor crônica, distúrbios temporomandibulares e dor orofacial crônica heterogênea19-23. Apesar das características definidoras da neuralgia do trigêmeo (NT) - notadamente sua intensidade, início abrupto e muitas vezes imprevisível, e sua tendência a ser desencadeada por estímulos mínimos -, há poucas pesquisas sobre catastrofização nessa população de pacientes. No entanto, altos níveis de catastrofização foram relatados em mais de 70% dos indivíduos afetados7,24,25.

O objetivo deste estudo foi coletar características clínicas detalhadas de pacientes com NT e examinar a relação entre CD, intensidade da dor, ansiedade, depressão e qualidade do sono.

MÉTODOS

Neste estudo transversal, foram selecionados de maneira prospectiva pacientes de NT consecutivos e com o devido consentimento atendidos na Clínica de Dor do Hospital Universitário Pedro Ernesto durante o período de janeiro de 2020 a dezembro de 2022. O critério de inclusão foi ter um diagnóstico de NT de acordo com os critérios da ICOP (Classificação Internacional de Dor Orofacial)1. Os critérios de exclusão foram: NT secundária, distúrbios cognitivos e outro diagnóstico de condição de dor orofacial. Os pacientes que haviam se submetido a uma cirurgia anterior para NT não foram excluídos se a dor fosse a mesma do período pré-operatório.

O número total de pacientes incluídos foi 38. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética Institucional (número de protocolo 3.416.028).

Mensuração

Os participantes relataram informações demográficas (por exemplo: idade, sexo) e características clínicas (por exemplo: área da dor, lado, fármacos, cirurgia anterior) e preencheram os seguintes questionários recomendados pela Initiative on Methods, Measurement, and Pain Assessment in Clinical Trials (IMMPACT)26, adaptados e validados para o português brasileiro:

  • A escala de catastrofização da dor (PCS) é uma escala tridimensional que avalia diferentes subconstrutos do pensamento catastrófico associado a dor, incluindo ruminação (R), amplificação (M) e desamparo (H). Trata-se de um questionário de 13 itens, cada item foi classificado em uma escala Likert de 4 pontos (0-4) e todos somam uma pontuação total de 52. Pontuações acima de 20 indicam pensamentos negativos significativos7,27.

  • PainDETECT (PD-Q): o questionário abrange quatro domínios. O primeiro domínio inclui três perguntas que avaliam a intensidade da dor. O segundo domínio contém quatro gráficos que perguntam sobre o padrão de evolução da dor. O terceiro domínio é composto por um gráfico corporal no qual é possível desenhar as principais áreas de dor e a presença de dor irradiada. O quarto domínio tem sete perguntas que abordam sete itens descritivos sensitivos da dor. São possíveis seis respostas diferentes para cada pergunta, com escores de zero (nunca) a cinco (muito forte). Uma pontuação final entre 1 e 38 pode ser obtida pela soma das pontuações dadas em cada domínio. Para escores ≤ 12, um componente neuropático é improvável, enquanto um componente neuropático é provável nos escores ≥ 19. Entre 12 e 19, a dor neuropática pode estar presente, mas não há certeza28,29.

  • Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI): um questionário de 19 itens baseado na qualidade do sono do paciente no último mês. Pontuações de 0 a 5 pontos para a qualidade do sono são consideradas saudáveis, enquanto pontuações de 6 pontos ou mais indicam comprometimento do sono30,31.

  • Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HADS): é composta por 14 perguntas que avaliam os níveis de ansiedade (HADS-A) e depressão (HADS-D). A pontuação global em cada subescala varia de 0 a 21. Escores maiores que 8 em cada subescala indicam a presença de ansiedade ou depressão32,33.

  • Escore/Escala Analógica Visual (EAV): foi empregada para medir a intensidade de dor usando uma linha horizontal de 10 cm. Os pacientes foram instruídos a indicar a própria dor na linha, com base na gravidade da dor no momento da consulta e na média da dor nos últimos 30 dias. As pontuações de 1 a 3 pontos indicaram dor leve, de 4 a 7 indicaram dor moderada e de 8 a 10 indicaram dor intensa.

Análise estatística

A análise dos dados foi realizada com o software estatístico Stata versão 17/2021 (Stata Corporation. College Station, TX). As médias, os desvios padrão e as medianas (intervalos interquartis) foram fornecidos para variáveis contínuas e as distribuições de frequência para variáveis categóricas. Os testes de Qui-quadrado foram usados para resultados categóricos e os dados numéricos foram comparados usando o teste de Mann-Whitney. A correlação de Spearman foi usada para examinar a relação entre os escores de CD (total e subgrupos M,R,H) e a intensidade média da dor, escores PainDETECT, ansiedade (HADS_a), depressão (HADS_d) e qualidade do sono (PSQI).

RESULTADOS

Este estudo incluiu 38 pacientes, 26 do sexo feminino (68,4%) e 12 do sexo masculino (31,6%), com idade média de 64,4 ± 8 anos. A NT afetou o ramo oftálmico (V1) em apenas um indivíduo, o ramo maxilar (V2) em 2, o ramo mandibular (V3) em 9, maxilar e mandibular (V2+V3) em 20, oftálmico e maxilar (V1+V2) em 3, enquanto todos os três ramos (V1 + V2 + V3) foram afetados em 3 pacientes. O lado direito foi afetado em 22 (57%) pacientes. Trinta e um pacientes (78%) apresentavam neuralgia clássica do trigêmeo, puramente paroxística (tipo 1), independentemente dos achados de compressão neurovascular, e 7 (18,4%) apresentavam neuralgia clássica do trigêmeo com dor contínua concomitante (tipo 2). Dezenove indivíduos (50%) tiveram dor média considerada leve (EAV 0-3) e os outros 19 (50%) tiveram dor moderada ou intensa (EAV≥4) nos últimos 30 dias. Dezenove pacientes haviam sido submetidos a cirurgia prévia para NT (descompressão microvascular, termocoagulação por radiofrequência ou compressão percutânea por balão) e eram significativamente mais velhos do que os não operados (p=0,03); nenhuma outra diferença foi encontrada nesse subgrupo.

Trinta e três pacientes (86,8%) tinham qualidade de sono ruim (PSQI≥6). Vinte e quatro pacientes (68,5%) relataram despertar durante a noite devido à TN, sendo que 6 (17,14%) relataram esse acontecimento menos de uma vez por semana, 8 (22,8%) relataram acontecer 1 ou 2 vezes por semana e 10 pacientes (28%) relataram três ou mais vezes.

Onze pacientes (28,9%) apresentaram escores de ansiedade (HADS_a≥9) e 13 (34,2%) de depressão (HADS_d≥9) e 28 (73,7%) apresentaram escores de catastrofização (PCS >20) (Tabela 1).

Tabela 1
Características dos pacientes.

A amplificação e o desamparo foram correlacionados com a ansiedade e a depressão, e a ruminação foi correlacionada com a má qualidade do sono e com as características neuropáticas da dor usando o teste de correlação de Spearman (Tabela 2). Além disso, a catastrofização foi significativamente correlacionada com a intensidade média da dor (p=0,03), especialmente com o desamparo (p<0,05), a ansiedade (p=0,001) e as características neuropáticas da dor (p=0,03) (Figura 1).

Tabela 2
Correlação entre idade, intensidade da dor, ansiedade, depressão, amplificação, ruminação, desamparo, qualidade do sono e PainDETECT.
Figura 1
Relação entre catastrofização da dor (PC) e ansiedade (A), características neuropáticas (B) e intensidade da dor (C).

DISCUSSÃO

O presente estudo testou a associação entre a CD e os resultados relacionados à dor: intensidade da dor, depressão, ansiedade e qualidade do sono, levando em conta variáveis demográficas e clínicas relevantes em pacientes com NT. A CD dor foi associada à intensidade da dor, à ansiedade e às características neuropáticas, enquanto a má qualidade do sono foi associada à ruminação. Esses achados enfatizam a importância de abordar a CD entre indivíduos com dor de NT e seu potencial para ajudar a reduzir a intensidade da dor e a incapacidade relacionada à dor nessa população.

A CD representa uma tendência a amplificar a dor, ruminar ativamente sobre ela e sentir-se impotente em relação à experiência da dor. Este estudo observou que 73,7% dos pacientes com NT tinham pensamentos negativos sobre sua dor. Os resultados do presente estudo estão de acordo com os outros três estudos que também avaliaram a catastrofização na NT. Todos eles encontraram altos níveis de catastrofização em mais de 70% dos pacientes com NT7,24,25. O medo, a imprevisibilidade dos ataques de dor e a falta de confiança para lidar com as crises de dor resultam em altos escores de catastrofização em pacientes com NT7. A catastrofização, o medo da dor e a hipervigilância foram relacionados à percepção de si mesmo como incapaz de lidar com o sofrimento, ao aumento da percepção da dor, à ansiedade e à depressão34.

A CD foi associada à diminuição da inibição endógena da dor somada à sensibilização central, o que poderia representar um mecanismo do Sistema Nervoso Central pelo qual a CD está associada ao desenvolvimento, à manutenção e ao agravamento da dor persistente. Dados preliminares sugerem que a CD está associada a respostas hipotalâmicas-pituitárias alteradas à dor e à ativação amplificada em regiões neurais associadas ao processamento e à regulação dos componentes afetivos da dor34.

Cinquenta por cento dos pacientes apresentaram dor média de moderada a grave nos últimos 30 dias, apesar de usarem um ou mais fármacos para controlá-la. A intensidade da dor foi relacionada aos escores totais de catastrofização e ao desamparo, corroborando os achados de Greenberg et al. 35, em que a catastrofização foi relacionada à intensidade da dor em uma série de 303 pacientes com dor orofacial, dos quais 51% tinham NT, bem como os achados de Yuan et al. em adultos com dor crônica36.

Nessa série, 34,2% dos pacientes com NT apresentaram escores para depressão e 28,9% para ansiedade. Embora houvesse uma tendência de correlação entre a depressão e a CD (pontuação total), apenas as dimensões da CD, como a amplificação da experiência de dor e a sensação de desamparo, foram correlacionadas à depressão, conforme encontrado em estudo recente36. No entanto, a ansiedade foi significativamente relacionada à pontuação total da CD, bem como à amplificação e ao desamparo. Vários estudos identificaram depressão em uma proporção que variou de 35,7% a 72,6% e ansiedade entre 18,8% e 50% dos pacientes com TN7,13-15. Além disso, a depressão foi associada a múltiplos procedimentos e taxas altas de complicações cirúrgicas37.

Uma qualidade do sono ruim foi observada em 86,8% dos pacientes estudados e 68,5% relataram despertar durante a noite devido à dor. Isso corrobora os achados de Devor 38, de acordo com o qual aproximadamente 60% dos pacientes com NT relataram acordar repetidamente com dor intensa e súbita, devido ao toque involuntário da zona de gatilho. Wang et al. 12 relataram que 73% dos pacientes com NT tinham qualidade de sono ruim, especialmente quando a NT envolvia vários ramos, era intensa (EAV 8-10) e estava associada a altos escores de ansiedade.

O presente estudo mostrou uma correlação entre a qualidade do sono ruim e a ruminação. Smith et al.39 relatou que, em pacientes com dor crônica, a ruminação prevê problemas de início e manutenção do sono. Eles relataram que os pensamentos gerais relacionados à dor previam a latência do sono e os pensamentos sobre estímulos do ambiente previam o despertar após início do sono. Além disso a intensidade da dor também previa o despertar após início do sono.

O presente estudo usou o Pain-DETECT para avaliar as características neuropáticas de pacientes com NT. Nessa escala, 63% dos pacientes tinham características neuropáticas, 28,9% tinham possíveis características neuropáticas e 7,8% tinham componentes neuropáticos improváveis. A catastrofização foi positivamente correlacionada com os escores do Pain-DETECT. Isso também foi observado por Tampin et al.40 em um estudo retrospectivo com 285 pacientes com dor neuropática, em que fatores psicológicos, incluindo catastrofização, depressão, ansiedade e estresse, foram todos influentes no resultado de uma pontuação mais alta no Pain-DETECT. Por outro lado, Dinan et al. 41, analisando pacientes com dor orofacial, relatou que um diagnóstico primário de dor neuropática foi o mais forte preditor independente de maior catastrofização da dor. Os pacientes com dor neuropática poderiam ser propensos à catastrofização, mas poderiam não estar especialmente deprimidos ou ansiosos.

O diagnóstico da NT é clínico e, uma vez estabelecido, sabe-se que nenhuma intervenção farmacológica ou cirúrgica é eficaz para todos os pacientes, provavelmente refletindo o fato de ser um grupo heterogêneo de distúrbios que se manifesta por meio da dor facial42. Portanto, o fenótipo clínico é um recurso complementar para a escolha das terapias mais direcionadas aos mecanismos de manutenção da dor. Os achados do presente estudo sugerem que a catastrofização é um elemento importante a ser abordado na busca de um melhor controle da NT. Estudos apontaram que um programa multidisciplinar de tratamento da dor, com intervenção cognitivo-comportamental, poderia levar à redução da catastrofização da dor, concomitantemente à redução da dor, melhorando as habilidades adaptativas de enfrentamento da dor, a incapacidade, o sono e a depressão. Os autores atuais apóiam a conclusão de que o tratamento da NT não deve se limitar a intervenções farmacológicas ou cirúrgicas7.

O presente estudo teve algumas limitações: 1- o número reduzido de pacientes na amostra, o que limita a análise estatística. 2- o estudo envolveu uma população de pacientes com NT tratados em uma clínica especializada. Por esse motivo, a população pode não representar a população geral de casos com NT, uma vez que casos mais simples não chegam à clínica de dor. 3- Os pacientes foram todos tratados no sistema público de saúde, a maioria deles com baixo nível socioeconômico e educacional, o que implica maior atraso no diagnóstico e, em alguns casos, foram submetidos a vários procedimentos odontológicos irreversíveis (como tratamentos de canal e extrações), o que pode, de alguma forma, influenciar a percepção de desamparo, ansiedade e depressão.

CONCLUSÃO

Este estudo encontrou altos níveis de catastrofização em mais de 70% dos pacientes com NT. A catastrofização da dor foi relacionada a intensidade da dor, ansiedade e características neuropáticas, enquanto a má qualidade do sono foi associada à ruminação. Esses achados sugerem a importância de abordar a CD em indivíduos com NT e seu potencial para ajudar a reduzir a intensidade da dor e a incapacidade relacionada à dor nessa população.

  • Fontes de fomento:
    não há.
  • Disponibilidade de dados
    Os dados que apoiam as descobertas deste estudo estão disponíveis com o autor correspondente mediante solicitação razoável.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    08 Dez 2025
  • Data do Fascículo
    2025

Histórico

  • Recebido
    15 Mar 2025
  • Aceito
    09 Out 2025
Creative Common - by 4.0
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