RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
O Brasil vivencia o rápido envelhecimento da sua população. Envelhecer, ainda que sem doenças crônicas, envolve alguma perda funcional, que é expressa por diminuição de vigor, força, prontidão, eficiência metabólica e, muitas vezes, dores, que podem acarretar fadiga e alterações na qualidade do sono, aspecto essencial para o bem-estar físico e emocional de indivíduos idosos. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade do sono em idosos, com e sem dores crônicas, que residem em um município catarinense.
MÉTODOS:
Foram entrevistados 385 idosos residentes no ambiente urbano de um município catarinense. Os instrumentos utilizados na coleta de dados foram o mini-exame de estado mental, instrumento adaptado de Morais, escala visual numérica e o questionário de Pittsburgh.
RESULTADOS:
Dentre os idosos entrevistados, prevaleceram o sexo feminino (67,27%; n=259) e a faixa etária de 60 a 69 anos (45,45%; n=175). Dos 385 idosos, 58,18% (n=224) possuem dor crônica, predominantemente de intensidade moderada (48,66%; n=109). Entre os idosos com dor, 57,59% (n=129) apresentaram qualidade do sono ruim; entre os sem dor, 56,52% (n=91) tiveram qualidade do sono boa.
CONCLUSÃO:
A intensidade da dor, quantidade de doenças crônicas autorrelatadas e faixa etária são fatores que influenciam na qualidade do sono de idosos, indicando a importância de os profissionais da saúde atuarem nesse contexto com novos estudos e recursos.
Descritores:
Doenças; Fisioterapia; Saúde do idoso; Transtornos do sono