RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS Este estudo abordou o papel das incisões na pele e nos tecidos profundos em dois modelos diferentes de dor pós-operatória em ratos, modelos de incisão plantar e incisão do gastrocnêmio.
MÉTODOS Após a aprovação do Comitê de Ética da instituição, ratos Wistar machos foram usados em dois experimentos diferentes. Um grupo de animais foi usado no modelo de incisão plantar e dividido em três grupos: incisão sham, incisão na pele e incisão na pele e músculo e fáscia (incisão em tecido profundo). Outro conjunto foi usado no modelo de incisão de gastrocnêmio e dividido em três grupos: incisão sham, incisão na pele e incisão no músculo e fáscia. Os animais no modelo de incisão plantar foram avaliados quanto ao limiar de retirada da pata, e nos animais do grupo de incisão do gastrocnêmio, o tempo gasto pelos animais na roda giratória foi registrado.
RESULTADOS As incisões plantares na pele e na pele + tecido profundo aumentaram a hiperalgesia após estímulo mecânico na pata. A hiperalgesia durou no grupo pele até o 3º dia pós-operatório (DPO), no grupo pele + incisão em tecido profundo, a hiperalgesia durou até o 4º DPO. Os grupos pele e pele + tecido profundo foram significativamente diferentes entre si no 1º, 2º, 3º e 4º DPO. O tempo gasto na roda de corrida foi menor no grupo pele + tecido profundo no 1º e 2º DPO.
CONCLUSÃO O comportamento de dor provocado após estímulo mecânico na pele e incisão em tecido profundo é mais intenso do que na incisão da pele no modelo de incisão plantar, no entanto, incisões na pele e na pele + incisão em tecido profundo provocaram o mesmo comportamento no modelo de incisão no gastrocnêmio.
Descritores:
Dor; Fáscia; Hiperalgesia; Macho; Pós-operatória; Ratos; Pele; Wistar
DESTAQUES
A dor pós-operatória aguda ainda é muito prevalente
Os mecanismos precisam ser melhor estudados
Os papéis dos músculos e fáscias são muito importantes na dor pós-operatória
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