RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 nos aspectos psicológicos e sua relação com o bruxismo a partir de amostra representativa da população brasileira.
MÉTODOS: Foi conduzida uma pesquisa transversal baseada na internet em uma amostra representativa de adultos brasileiros para estimar os correlatos sociodemográficos e as características do bruxismo, a qualidade de vida (WHOQOL) dos indivíduos e a autocompaixão (SCS) na população brasileira durante a pandemia por COVID-19. A pesquisa foi coletada de maio a agosto de 2020. Os dados foram analisados por meio de análise qualitativa.
RESULTADOS: Foram preenchidos 1.476 formulários da Pesquisa e 1.265 (85,70%) respondentes declararam apresentar apertamento diurno; mais da metade dos entrevistados (843, 57,11%) relatou ranger de dentes; e 1.054 (71,41%) relataram tanto apertamento quanto ranger de dentes. A maioria dos entrevistados (1.128, 76,42%) relatou percepção negativa dos sintomas de bruxismo no último mês e todos (1.476, 100,00%) estavam se sentindo nervosos ou estressados durante o período de afastamento social induzido pela pandemia de COVID-19. Além disso, 289 (19,58%) iniciaram sintomas de fadiga ou dor nos músculos da face ao acordar e 318 (21,54%) iniciaram com fadiga muscular e desconforto nos dentes ao acordar.
CONCLUSÃO: Os resultados mostraram que todos os entrevistados estavam se sentindo nervosos ou estressados durante o período de afastamento social induzido pela pandemia de COVID-19 e relataram sintomas de bruxismo. Também apresentaram médias mais baixas no WHOQOL e SCS, sugerindo pior percepção de qualidade de vida e autocompaixão.
Descritores: Infecções por coronavírus; Bruxismo; Qualidade de vida