RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) é utilizada no tratamento da dor lombar (DL), permitindo o controle da dor e a melhora da resistência muscular. A intensidade “intensa, mas confortável” tem sido descrita como mais eficaz, mas nem sempre é tolerada por todos os pacientes na prática clínica. Até o momento, não foram encontrados estudos que comparassem duas intensidades de TENS para aumentar a tolerância a exercícios na mesma sessão. Assim, este estudo tem como objetivo comparar os efeitos de baixa e alta intensidades (LI e HI, respectivamente) na resistência muscular e, secundariamente, na dor, cinesiofobia e incapacidade em indivíduos com DL inespecífica.
MÉTODOS Este é um ensaio clínico randomizado e duplo-cego. Dezesseis indivíduos foram divididos em grupos LI (n=7) e HI (n=9). A Escala de Avaliação Numérica (NRS), o Índice de Incapacidade de Oswestry, o teste da ponte supina e a escala TAMPA foram usados para coletar dados sobre dor, incapacidade, resistência muscular e cinesiofobia, respectivamente.
RESULTADOS Foi observado um aumento da resistência muscular e uma redução temporária da dor em ambos os grupos no pós-intervenção (p<0,05). A Escala de Oswestry (incapacidade) demonstrou valores menores no follow up em comparação ao basal.
CONCLUSÃO A TENS melhorou o desempenho da resistência muscular em ambos os grupos. Uma sessão de TENS aplicada em alta e baixa intensidades reduziu a dor em pacientes com lombalgia inespecífica. No follow up, a cinesiofobia não se alterou em comparação ao basal, mas a incapacidade foi reduzida em ambos os grupos.
Descritores:
Analgesia; Cinesiofobia; Dor lombar; Estimulação elétrica nervosa transcutânea; Resistência física
DESTAQUES
Apenas uma sessão de TENS promove um aumento na resistência muscular dos estabilizadores do tronco
A resistência muscular teve uma boa correlação com a dor no grupo de alta intensidade
Apenas uma sessão de TENS possibilitou a redução da dor em alta e baixa intensidades
Houve redução da incapacidade em intensidades altas e baixas no follow up em comparação com os valores basais
A cinesiofobia não se alterou no follow up em comparação com os valores basais
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