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Dor crônica em idosos, fatores associados e relação com o nível e volume de atividade física

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A dor crônica está associada a limitações funcionais em pessoas idosas, afetando negativamente a saúde dessa população. A atividade e/ou exercício físico tem sido proposto como uma intervenção não farmacológica com efeitos positivos no tratamento da dor crônica. Assim, este estudo objetivou identificar a prevalência de dor crônica em idosos, analisar os fatores associados à dor e sua relação com o nível e volume de prática de atividades físicas.

MÉTODOS:

Pesquisa quantitativa e transversal com 385 idosos (67,3% mulheres e 32,7% homens) que foram avaliados quanto ao nível e volume de prática de atividades físicas, presença de doenças crônicas, presença e intensidade de dor crônica.

RESULTADOS:

A prevalência de dor crônica na amostra estudada foi de 58,2% e foi associada com o sexo e com a presença de doenças crônicas (p<0,001). A mediana da intensidade da dor foi mais alta em mulheres sedentárias (p=0,005), assim como elas apresentaram menor volume de prática de atividades físicas (p<0,001).

CONCLUSÃO:

A prevalência de dor crônica entre os idosos avaliados é alta e está associada à presença de doenças crônicas e ao sexo, sendo mais prevalente entre as mulheres. Mulheres idosas sedentárias ou insuficientemente ativas relatam maior intensidade da dor do que as ativas e muito ativas. Há fraca correlação indicando que o nível de atividade física diminui com o aumento da intensidade da dor e o número de doenças crônicas. Idosas com dor crônica apresentam volumes de prática de atividade física significativamente menores do que as que não possuem.

Descritores:
Atividade física; Doença crônica; Dor crônica; Idoso

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