RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
As abordagens cognitivo-comportamentais têm sido aplicadas em pacientes com dor crônica como estratégia de tratamento para redução de sintomas e incapacidade, uma vez que o medo relacionado a dor, a cinesiofobia e a catastrofização podem representar barreiras psicossociais importantes para a recuperação. A relevância do medo e de comportamentos de evitação no desenvolvimento e manutenção de processos de dor crônica incapacitante já é bem estabelecida na literatura científica.
CONTEÚDO:
A abordagem cognitivo-comportamental fundamenta a relação da dor com comportamentos de defesa e a contribuição para a incapacidade funcional, auxiliando os clínicos a reconhecer sinais destes comportamentos defensivos na prática, além de fornecer estratégias para prática clínica, destacando as abordagens que podem ser utilizadas, como a educação em neurociência da dor e as terapias de exposição. Dessa maneira, é possível fornecer um guia para facilitar a implementação desses conceitos na prática clínica para a abordagem de pessoas com dor musculoesquelética crônica, ajudando os clínicos a fundamentar as teorias de aprendizado do medo e evitação no contexto da dor e a lidar com fatores psicossociais dos pacientes que apresentam associação entre dor e movimento.
CONCLUSÃO:
O medo relacionado à dor e os pensamentos catastróficos influenciam na intensidade da dor e na incapacidade funcional. O reconhecimento da dor dentro do contexto multidimensional auxilia no estabelecimento de abordagens direcionadas. As abordagens cognitivo-comportamentais baseadas em terapia de exposição têm como enfoque o olhar para além das estruturas do corpo.
Descritores:
Adaptação psicológica; Dor; Dor crônica; Dor musculoesquelética; Medo; Terapia por exercício