RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Atualmente existem evidências conflitantes tanto para a atividade física quanto para o exercício físico na relação com o impacto da fibromialgia (FM). O objetivo deste estudo foi correlacionar níveis de atividade física, gravidade da doença e dor em mulheres com FM.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal com 93 mulheres diagnosticadas com FM, com média de idade de 49,1±10,3 anos. O Questionário Revisado de Impacto da Fibromialgia (FIQR) foi utilizado para avaliar o impacto da doença no estado de saúde das mulheres. Para avaliar o nível de atividade física, utilizou-se a versão curta do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). A Escala Numérica de Avaliação da Dor (END) foi utilizada para avaliar a intensidade da dor das participantes.
RESULTADOS: Diferenças significativas foram encontradas entre os grupos, no tocante a gravidade dos sintomas (F = 9,471; p<0,001; n2=0,174) e intensidade da dor (F = 5,074; p=0,008; n2=0,101), desfavoráveis ao grupo sedentário (p<0,05). Correlações inversas significativas foram encontradas em avaliações de níveis de atividade física em intensidades leve e moderada, FIQR e dor (rs = -0,20 a -0,30).
CONCLUSÃO: Mulheres sedentárias são impactadas de maneira muito severa pela doença e podem apresentar níveis mais elevados de dor. Correlações fracas e moderadas entre os níveis de atividade física, impacto da doença e intensidade da dor sugerem que a prática de atividade física em intensidades leve e moderada pode ser uma intervenção importante no tratamento da FM.
Descritores:
Dor; Exercício Físico; Fibromialgia
DESTAQUES
Mulheres com fibromialgia apresentaram baixos níveis de atividade física
Mulheres sedentárias com fibromialgia apresentaram maior intensidade da dor e gravidade dos sintomas comparadas as mulheres com maiores níveis de atividade física
Maior frequência e duração da prática de atividades físicas de intensidade leve e moderada possivelmente contribuem para a melhora dos sintomas da fibromialgia, incluindo a dor